Há muito tempo o armamento civil é discutido no Brasil como um caminho para combater a violência e a criminalidade, e tem gradativamente um número maior de adeptos a esta ideia, visto que o brasileiro está cada vez mais desacreditado com a efetividade dos investimentos públicos de seus líderes, principalmente na área da segurança, e sente a necessidade de fazer justiça com as próprias mãos. No entanto, de acordo com o artigo quinto da Constituição Federal, que se refere aos direitos e garantias fundamentais, os brasileiros e os estrangeiros residentes no País têm direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança. Sendo assim, é dever do Estado fornecer segurança aos cidadãos, de forma com que nenhum civil precise possuir uma arma de fogo para garanti-la. Ademais, um estudo feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) a cada um ponto percentual a mais na quantidade de armas de fogo em uma região, a taxa de homicídios tende a crescer em até dois pontos percentuais. Com essa pesquisa, fica evidente que ter mais armas não é sinônimo de mais segurança. Ainda tendo como base o quinto artigo da CF, mesmo com uma maior quantidade do armamento dos cidadãos “comuns” não cabe a eles ou ao Governo tirar a vida de um ser humano, já que ela é um direito garantido por lei. Segundo Malala Yousafzai, a mais jovem vencedora do prêmio Nobel da Paz, “a melhor maneira de lutar contra o terrorismo não é com armas. É com canetas, livros, professores e escolas. ” Com base neste pensamento e nos argumentos apresentados, fica claro que o armamento não é a melhor maneira de tornar uma sociedade mais segura, já que a violência e criminalidade são causados pela desigualdade social e não porque há um déficit na quantidade de armas. Desse modo, a efetividade do sistema público de segurança se faz necessária, contudo também é preciso alertar a população, por meio de palestras em escolas e campanhas midiáticas, sobre os riscos de possuir uma arma, com o intuito de incentivar o desarmamento. Além disso, o Ministério da Educação deve investir em áreas onde há maior desigualdade, tirando assim pessoas do mundo do crime. Dessa forma, pode-se contar com um país mais pacifico.