Assaltos, sequestros e assassinatos são exemplos dos tipos de violência presentes nos noticiários diários que preocupam a população civil em relação a sua integridade física. A partir disso, o projeto de lei que visa derrubar o Estatuto do Desarmamento, afirma que o armamento civil é fundamental para assegurar a diminuição da sensação de impotência do cidadão brasileiro frente à violência existente. No entanto, esquecem-se que a sensação de insegurança da sociedade não se resume a crimes isolados, mas sim, a uma estrutura sociopolítica que garante a manutenção da desigualdade social e da violência. Dessa forma, convém analisar que armar a sociedade brasileira não resolve o problema da violência, no país. Isso porque, consoante a Nelson Mandela, a educação é a arma mais poderosa para mudar o mundo. Portanto, para solucionar essa anomia social, é preciso que haja uma educação de qualidade, visto que, dessa maneira, é possível criar melhores condições econômicas e de vida, as quais diminuem a desigualdade social e os conflitos de classe existentes. Além disso, o ambiente escolar, como também o familiar, são os primeiros a ensinar as crianças e jovens a base para a vida em sociedade. Ademais, ao considerar os casos de assassinatos e chacinas provocados por arma de fogo, nos Estados Unidos, país que permite a posse de armas, é possível afirmar que armar a população brasileira causaria maiores problemas, pois, ao analisar a questão histórica de violência no país devido, por exemplo, ao tráfico de drogas, acontecimentos como aqueles citados seriam mais frequentes. Destarte, seguindo a máxima de Pitágoras, "educai as crianças e não será necessário punir os homens", é preciso, portanto, que o Governo Federal, junto ao Ministério da Educação, invista na educação por meio de aumento de salário dos professores, como também reforme os prédios escolares, com cadeiras confortáveis e salas limpas, com o fito de incentivar o trabalho do educador e estimular o jovem a frequentar o ambiente escolar. Outrossim, a mídia televisiva e jornalística podem apresentar a população, em geral, informações sobre os direitos do homem por meio de propagandas, matérias e textos informativos, a fim de instigar o senso crítico e incentivar os cidadãos a manifestar sobre seus direitos, em prol de uma sociedade mais igualitária.