Após a promulgação do Estatuto do Desarmamento o índice de homicídios no país diminuiu, assim foi estabelecida uma relação direta de causa e efeito. Entretanto, o mesmo não ocorreu com a criminalidade que aumenta a cada ano, principalmente tratando-se do tráfico de drogas. Cidadão comuns ao presenciarem esse cenário começam a questionar até que ponto é válido o desarmamento. Em 2012, na Câmara, havia um projeto de lei que tentava revogar o Estatuto do Desarmamento. O que estra em discussão é: será possível resolver problemas, que em sua maioria são gerados por outros fatores e consequentemente outras soluções seriam aplicáveis, apenas armando a população civil? Embora o senso comum acredite que sim é improvável que criminosos deixem de existir apenas por medo de uma sociedade armada. Deve-se lembrar que as altas taxas de criminalidade estão relacionadas a diversos fatores: falta de moradia, acesso à educação dificultado pela situação financeira, desemprego estrutural e os caminhos oferecidos pelo mundo do tráfico de drogas. Desta maneira permitir o armamento da sociedade civil gerará, de fato, mais mortes causadas pelo aumento de confrontos. Para que seja diminuída o índice de violência é necessário, portanto, perpetuar com o Estatuto do Desarmamento investindo com outras soluções para a criminalidade, como: a construção de moradias populares; maior investimento em educação e ensino profissionalizante, aumentando o acesso dos jovens ao mercado de trabalho; além de soluções polêmicas como a legalização da maconha que poderia diminuir o poder dos traficantes. Somente assim os problemas de criminalidade estarão resolvidos sem que se tente uma solução arriscada, provavelmente pouco eficaz e violento que seria o armamento dos brasileiros.