Em amplo sentido, possibilismo é o nome moderno para as ideias já antigas, do geógrafo Vidal de La Blache, segundo o qual o homem modifica negativamente o meio em que habita, como quando coíbe o armamento da população, proibindo a manutenção do artefato mais produtivo na coerção à violência. Em primeira instância, considerada pelo senso comum a raiz dos grandes índices de homicídios, as armas mostram-se favoráveis na diminuição desses em níveis continentais e individuais. A priori, de acordo com a física newtoniana, toda ação possui uma reação de igual intensidade. Com fundamento no físico clássico, o fato de um país ter uma postural liberal em relação ao porte de armas obtém como reação a possibilidade do indivíduo autodefender-se, não necessitando continuamente do paternalismo estatal que monopoliza o porte ostensivo. Em virtude disso, pesquisa realizada pela Universidade de Harvard, publicada no site da instituição, aponta que os nove países europeus com menores taxas de homicídios possuem as maiores liberdades quanto ao porte de armas, em contrapartida, os países que mais coíbem o artefato possuem os índices mais elevados de assassinatos, ou seja, contrariando o senso comum, o armamento da população possibilita o cidadão defender a si próprio, a família e a propriedade. A posteriori, parafraseando o filósofo Arthur Schopenhauer: “ O homem toma os limites do seu próprio campo de visão como os limites do mundo”, assim, pode-se inferir que, embora o consenso da população atribua às armas de fogo o aumento da violência por ser um objeto letal, desconsideram que o simples fato de um possível transgressor ter o conhecimento de que uma determinada residência há uma arma, já é um mecanismo eficiente de coerção à violência, haja vista notícia publicada no Jornal Cultura, que apontou como locais prioritários das chacinas norte americanas, estabelecimentos no qual o porte de armas é proibido, como escolas e cinemas. Isto é, a certeza de que não encontrará resistência facilita o ato criminoso do agressor. Dessa forma, é nítido constatar que, contrariando a premissa da população, o armamento da sociedade é a solução coerente no combate à violência. Sendo assim, é dever dos cidadãos pressionar os deputados eleitos a alterar, por meio do Congresso Nacional, o Estatuto do Desarmamento, possibilitando a aquisição e o porte de armas mediante a apresentação de laudo médico que comprove a sanidade mental do cidadão que o deseja, além disso, é necessário que o futuro portador seja submetido a um treinamento por profissionais especializados, no intuito de a sociedade brasileira ter o direito de autodefesa e liberdade individual. Afinal, segundo Thomas Jefferson: “Nenhum homem livre deve ser privado do uso de armas”.