Ao se falar a respeito de armamento de civis, é possível afirmar que existe certo preconceito da sociedade, uma ideia errônea de que a proibição de seu uso está ligada à diminuição de homicídios no país. Isso aponta para a necessidade de mais divulgações de como combater a violência com eficácia. O primeiro fator que deve ser analisado em relação à situação em questão é que a população tem a certeza absoluta de que uma reforma no estatuto do desarmamento dará a oportunidade para qualquer pessoa adquirir uma arma de fogo. No entanto o que se discute é a autorização, pelo estado, do porte mediante prévia habilitação e exames psicológicos, ou seja, jamais se falou em permitir o uso das armas por qualquer indivíduo da sociedade. O segundo fator importante para a reflexão é que a taxa de homicídios decorrente do uso de arma de fogo não possui relação alguma ao desarmamento desta. Pode-se verificar um exemplo disso em pesquisas feitas nos Estados Unidos, em que os oito estados com maior restrição de armas possuem um índice de homicídio 60% maior em relação aos oito estados com menor restrição. Além disso, ainda se pode citar um dos verdadeiros motivos do armamento: a autodefesa. Pois o cidadão de bem tem o direito de proteger sua família, sua vida e a de seus entes queridos, bem como sua propriedade e demais bens em geral. Pode-se, ainda, como proposta de intervenção, lançar mão de diversos meios preventivos de combate à violência, tais como: incentivar as crianças a praticarem esportes; dar mais oportunidade de emprego a ex-detentos, uma vez que sem amparo e dinheiro estarão propensos a voltar à criminalidade; aumentar o salário de autoridades policiais a fim de diminuir a aceitação de subornos; dentre outras várias medidas. Assim, a população deve ter em mente que tirar as armas do cidadão é o mesmo que tirar-lhe o direito à segurança e à proteção, direitos esses assegurados pela Carta Maior da República Federativa do Brasil. Deve-se, portanto, optar por coibir os homicídios e a violência através da educação, da geração de empregos e da melhoria de vida a qual toda a sociedade tem direito.