Título da redação:

O Mundo Globalizado e a Exploração dos Subdesenvolvidos

Proposta: Saúde global em tempos de globalização

Redação enviada em 11/08/2015

A globalização é alterou o cenário político e econômico do planeta, colocando em contato praticamente todas as civilizações do mundo mediante a tecnologia, fato inédito na história humana. Ela, entretanto, não impacta as sociedades igualmente, nem mesmo pessoas dentro de uma mesma sociedade. Ela o faz conforme o poder aquisitivo delas. A pobreza e a riqueza convivem nas sociedades, e indivíduos desfavorecidos sempre se viram historicamente obrigados a funções insalubres dentro de seus povos. A globalização, todavia, extrapola esse limite. Através dela, sociedades inteiras são submetidas a outras. Há um exemplo bem característico disso: a enorme quantidade de produtos circulantes no mundo oriundos de países que empregam mão de obra escrava ou semiescrava. Por aquisição individual em sites da internet ou por terceirização empresarial em busca de mão de obra mais barata, os produtos chineses são os dominantes no mercado global moderno. O povo que os produz deixou de sustentar apenas a elite econômica de seu próprio país. A globalização os faz agora sustentar o elevado padrão de vida de outras nações, cujas populações adquirem produtos a preços irrisórios graças às jornadas de trabalho excessivas e aos salários baixos aos quais submetem estes seres humanos. Mas não é só capital humano que pode ser terceirizado. Com a globalização, as fábricas passaram a ser instaladas em países pobres buscando não apenas sua mão de obra, mas também atrás de seus recursos naturais e de sua legislação ambiental quase sempre negligente. Assim, as empresas podem executar atos de poluição que seus países de origem não permitiriam, porém em conformidade com as leis dos locais onde se firmam. As consequências incluem redução da biodiversidade, exploração exacerbada dos recursos naturais, e a dispersão de poluentes. Frequentemente, as consequências podem ser sentidas até mesmo no país de origem destas multinacionais, na forma de resíduos de poluentes trazidos pelo ar ou pelo mar ou na forma de alterações climáticas anormais. Apesar de todas as ofensas ao direito ambiental e aos direitos humanos, a justiça internacional é bastante negligente contra esses abusos. Os países devem abandonar a tradicional postura permissiva às atividades de suas empresas no exterior. Eles devem julgar crimes contra o meio ambiente e contra os direitos humanos de suas multinacionais, ainda que cometidos fora dos países que as sediam. Nações desenvolvidas devem fomentar o respeito ao direito internacional e ao sentido de um mundo globalizado de forma não exploratória, mas de forma a evoluir em conjunto.