A globalização, desde seus primórdios, estabeleceu facilidades ao fluxo de pessoas e hábitos entre diferentes partes do mundo. Com isso, a saúde global tornou-se vulnerável. Uma vez que a intensificação da mobilidade humana facilita a propagação de doenças infecciosas, e a dispersão de maus hábitos alimentares vem ocasionando aumento do número de patologias de cunho alimentício. A intensificação do fluxo de pessoas ocasiona em uma maior difusão das doenças infecciosas, principalmente nos países pobres cujas politicas públicas são negligenciadas. Por conta também da numerosa população, da falta de condições sanitárias básicas e assistência medica efetiva, as localidades subdesenvolvidas são mais propicias a desenvolverem grandes epidemias. Com isso, e, com a intensificação das interações intra-localidades a contaminação de indivíduos com doenças infecciosas em escala planetária, tal como na pandemia do H1N1, vem sendo mais frequentes e de difícil controle até mesmo para a OMS. Em contra partida, os países ricos, mais isentos de doenças infecciosas, aumentam a cada ano o numero de patologias ligadas aos maus hábitos alimentares. Isso ocorre por conta do excesso de “fast foods” e de alimentos industrializados. Doenças como obesidade, hipertensão e diabete são cada vez mais comuns, até mesmo entre crianças. Logo, com essa ideologia de consumo das comidas rápidas dispersa pelo mundo, há cada vez mais o aumento de indivíduos obesos e propícios a doenças ligadas a obesidade, esse quadro de “pandemia” dos maus hábitos alimentares fragiliza e desestrutura a saúde global. A globalização proporcionou diversas facilidades aos homens, entretanto, a fácil dispersão de doenças infecciosas e de maus hábitos alimentares, vem agravando a saúde global. Para que esse quadro seja amenizado a saúde pública não deve ser excluída de nenhuma coletividade mundial. Para tanto deve ser estabelecida uma ética em saúde global que proporcione a todas as populações entre ricos e pobres o direito a assistência digna de condições de saúde preventiva e curativa, e, também uma orientação efetiva sobre bons hábitos alimentares.