O Romantismo, movimento literário do século XVIII, retratava o nacionalismo buscando influenciar na resguarda da identidade cultural brasileira. Hodiernamente, a preservação do patrimônio histórico cultural brasileiro é um problema, visto que essa preservação não ocorre. Sob tal ótica, a negligência ao patrimônio está atrelada à inércia governamental diante da problemática, bem como à influência da globalização sobre as tradições e os costumes da sociedade. Em primeiro lugar, é possível observar o desprezo, por parte do Estado, em relação aos patrimônios públicos. Nesse sentido, os museus, teatros e demais locais, encontram-se à mercê de manutenções que podem garantir seu funcionamento, devido à má conduta das instituições encarregadas de cuidar dos resquícios históricos. Ademais, essa irresponsabilidade e aspereza pode levar os brasileiros a não conhecerem sua história e, muito menos, sua herança cultural. Dessa forma, o filósofo Zygmunt Bauman defende no seu conceito de “Instituição Zumbi”, que as instituições deixaram de exercer sua verdadeira função, incluindo o Estado. Outrossim, é notável que os avanços tecnológicos influenciaram a homogeneidade das sociedades. Há de considerar-se que seus costumes e tradições também foram afetados por esse fenômeno, no qual culturas de outros países foram agregadas, tornando o mundo uma verdadeira “aldeia global”. Sendo assim, os cidadãos relevaram o nacionalismo brasileiro a partir dessa “aldeia” e, consequentemente, levou-se a uma perda de identidade cultural. Dessa maneira, os sociólogos Adorno e Horkheimer, representantes da Escola de Frankfurt, estabelecem o conceito de “cultura de massa”, na qual a massificação de uma cultura leva ao esquecimento de outra que possui pouca relevância. Destarte, é indubitável que seja dada a devida atenção aos patrimônios históricos culturais do Brasil. Portanto, para que a história seja preservada, urge que o IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) estabeleça a ideal proteção dos espaços históricos, por meio de fiscalizações e manutenções regularmente. Além do mais, é necessário que o Ministério da Cultura, em parceria com os meios midiáticos, organize campanhas que estimulem o sentimento nacionalista dos cidadãos, para assim, fazer com que a teoria de Adorno seja apenas uma distopia.