O atual Museu Nacional, inaugurado em 1803 no Rio de Janeiro e residência da família imperial por mais de meio século, foi vítima de um incêndio de grandes proporções que destruiu grande parte do acervo e apagou parte do passado local. Logo, essa imensa tragédia trás à tona a discussão sobre a preservação do Patrimônio Histórico Cultural Brasileiro e as consequências de seu descaso. Em primeiro lugar, vale ressaltar a importância da conservação de prédios históricos, que representam grande parte da história e cultura de um país. Esta, que segundo Zygmunt Bauman, é uma ferramenta libertadora de toda forma de alienação e opressão em uma sociedade. Por isso, é inadmissível a negligência e o tombamento destes edifícios. Por conseguinte,a falta de manutenção e investimento gera prejuízos na divulgação da cultura, visto que, segundo o Ipea, 70% da população nunca foi a um museu ou centro cultural. Esse descaso da sociedade brasileira gera um atraso científico, social e educacional. Entretanto, várias instituições brasileiras sofrem com a falta de investimento, evidenciando o descaso do poder público com o patrimônio. Portanto, medidas são necessárias para a resolução dessa problemática. É necessário que o governo elabore leis que confiem à cultura ao menos 1% do PIB do país, visando a manutenção de museus e teatros, presando o avanço da ciência e pesquisa nacionais. Afinal, tragédias como essa não podem voltar a acontecer.