No ano de 2018, a sociedade brasileira assistiu escandalizada ao incêndio de um dos mais importantes centros de preservação da cultura nacional: o Museu Nacional, situado na cidade do Rio de Janeiro. Nessa perspectiva, o incêndio de importante equipamento cultural não se deveu ao acaso, uma vez que o abandono de importantes fontes históricas e culturais são frequentes em todo o território nacional. Isso se deve, sobretudo, a uma deficiência na formação cultural do cidadão brasileiro, o qual tem se mostrado incapaz de reconhecer e valorizar seu processo de formação histórico-cultural, o que tem provocado, como consequência, a limitação de possibilidades econômicas. Em primeiro plano, é notória a riqueza do patrimônio histórico brasileiro, composto por documentos, obras de arte, edificações e paisagens. Tal patrimônio, se bem conservado e aproveitado, poderia incrementar o turismo, gerando empregos e renda para a população brasileira. Nesse sentido, pesquisa divulgada pela UNESCO, no ano de 2017, apontou que um acervo histórico rico e consolidado é um importante fator para o turista na hora de eleger o destino de viagens nas férias. Assim, preservar o patrimônio histórico representaria, também o fortalecimento da economia nacional. Entretanto, hodiernamente, tanto o Estado como a sociedade civil não têm conseguido, de forma eficiente, proteger o patrimônio histórico nacional. Uma das razões dessa situação é o fato de o brasileiro não receber, ao longo de sua formação educacional, informações que o permitam distinguir e valorizar o patrimônio histórico nacional. Nesse contexto, matéria divulgada pelo jornal Folha de São Paulo demonstrou que 73% dos entrevistados se mostraram incapazes de reconhecer importantes fatos e personagens da história brasileira. Assim sendo, é imperativo que seja formada uma nova consciência histórica nacional, a fim de provocar nos brasileiros o sentimento de apropriação da cultura nacional. Logo, para a consecução desse objetivo, o Ministério da Educação deve realizar oficinas educativas nas escolas brasileiras, por meio de debates com pais e alunos, com o intuito de esclarecer elementos importantes da história e da cultura nacionais, com o objetivo de promover uma nova consciência nacional, De tal forma, novas ações de preservação serão cada vez mais frequentes, gerando benefícios sociais e econômicos para todos os brasileiros.