Segundo o filósofo Thomas Hobbes, para a construção da sociedade, os indivíduos devem abrir mão de sua total liberdade em prol do bem mútuo.Porém, graças à grande desigualdade social e econômica existente no Brasil, nem todos se beneficiam com este acordo social. E, vendo que a política de desenvolvimento social do país apenas minimiza o problema, não resolvendo-o, torna-se necessária a tomada de medidas eficientes pelo governo. Nesse contexto, é visível a falta de importância dada ao bem-estar da população. Em plena crise econômica, os governantes dão enfoque apenas ao controle da economia, deixando coisas como saúde e educação em segundo plano. E, além disso, criam e ampliam programas sociais pouco eficientes, que não mudam a situação da sociedade e são usados como estratégia política, para ganhar o carisma de uma parcela da população. Ademais, é preciso analisar o ciclo vicioso criado com esse panorama. Com a falta de oportunidades para criar maior igualdade, muitos jovens sem perspectivas de futuro entrar para o mundo do crime. E, com maior violência, sobra menos verba para investimento em educação, por exemplo. Fora isso, os serviços públicos precários agravam a situação do cidadão e aumentam a estagnação social. Portanto, é imprescindível diminuir o paradoxo do Brasil sendo ao mesmo tempo um dos países mais ricos e desiguais do mundo. Para tanto, a curto prazo é preciso manter as bolsas assistencialistas, até o povo se estruturar. E, para esta estruturação, a longo prazo, é viável o maior investimento do governo em policiamento, escolas, hospitais, médicos e professores. Assim, com saúde, educação e segurança, a igualdade social poderá se tornar real no país.