Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Política de desenvolvimento social no Brasil

Redação enviada em 03/07/2018

O Brasil é um país de contrastes, como demonstra o jornalista Gilberto Dimenstein em seu livro “O cidadão de papel”. Nesse sentido, embora o país faça parte do grupo de economias emergentes, o BRICS, a realidade social destoa bastante do progresso econômico e evidencia uma imensa desigualdade. Com isso, surge a importância de políticas assistencialistas na tentativa de minimizar as disparidades sociais. A partir do governo Vargas iniciou-se uma série de conquistas de direitos sociais, como os direitos trabalhistas, e, em 1988, a Constituição Federal trouxe a assistência social como uma proteção social fundamental para um regime democrático, já que atinge as camadas mais pobres. Assim, em 2003, surge o bolsa família atuando como um programa assistencialista que, apesar de ter provocado algumas melhorias às famílias, não conta com políticas paralelas de capacitação profissional, por exemplo, para uma real ascensão social do indivíduo, prescindindo, então, do assistencialismo. Sem dúvida, as políticas assistenciais representam um ganho enorme aos cidadãos, contudo a desigualdade social não teve uma redução significativa, esse fato é demonstrado pelo Coeficiente Gini que, em 2015, aponta o Brasil como o décimo país mais desigual do mundo. Dessa forma, esse resultado pode indicar uma atuação incompleta da política assistencial, focada na dimensão da transferência de renda, com ações mínimas sobre a garantia do acesso à saúde e à educação que realmente ampliam o grau de cobertura da proteção social e, em conjunto com a assistência, reduzem a pobreza. Isso posto, é evidente a relevância da existência de políticas assistenciais que sozinhas, porém, não são suficientes para alcançar a equidade social. Nesse sentido, é preciso que o Governo Federal dispense mais verbas aos setores saúde e educação, advindas de reajustes fiscais, no intuito de expandir o acesso a esses e galgar melhorias sociais. Associado a isso, o Ministério do Trabalho, estados e municípios devem, em conjunto, promover capacitações profissionais em locais instalados nas periferias das cidades para alcançar a população pobre e aumentar sua inserção em melhores postos de emprego, diminuindo a desigualdade social.