O movimento realista na literatura e na arte brasileira, como nos quadros de Tarsila do Amaral, trouxe como tema as mazelas da sociedade. Desde então a pobreza e a desigualdade frequentes no dia-a-dia da população passaram a ser cada vez mais retratados e questionados. A miséria no Brasil, reflexo de uma colonização exploradora e escravista, se alastrou por todo o país com o decorrer dos anos. No século XXI, com a democracia e o partido trabalhista no poder, os índices obtidos pela FGV demonstram que a maioria da população brasileira atualmente se encontra na classe média. A melhora do IDH brasileiro, porém, não significou que a desigualdade social deixou de existir. As favelas, muitas vezes se encontram ao lado de condomínios luxuosos, como ilustração de diferenças sociais exorbitantes. Essas diferenças não se tratam apenas do acesso ao capital, mas sim da precariedade dos serviços públicos oferecidos à população de baixa renda, enquanto a população mais abastada conta com a qualidade dos serviços privados. A reivindicação pelos elementos básicos a uma vida digna, ganhou voz nos movimentos populares, como os ocorridos em 2013. A cobrança pela educação, saúde, transporte, entre outros direitos dos cidadãos, devem ser cobrados ao governo vigente. Em contra partida, o governo necessita apresentar planos de ações à sociedade, tornando promessas em realidade. O investimento é essencial, logo as verbas arrecadadas com os impostos deverão voltar para a população em sua totalidade, resultando em benefícios comuns a todos.