Título da redação:

Assistencialismo ao avesso

Tema de redação: Política de desenvolvimento social no Brasil

Redação enviada em 10/05/2015

A desigualdade social no Brasil é um quadro que se caracteriza desde a fase colonial, remanescendo até os dias atuais, em que a pátria se destaca por situar-se dentre a lista das nações com maior índice de distinção do mundo inteiro. "A fome e a miséria terão que estar em todos os debates, palanques e comícios" e outros ideais como esse, de Betinho, alcunha de um famoso sociólogo brasileiro, contudo, aparentam não integrar as ideologias do país. Tal fato fica em voga pois a política de assistência social aplicada no país atualmente é falha. Isso fica explícito por programas como o Programa Bolsa Família (PBF) e o Fome Zero (que atuam fornecendo, respectivamente, capital e alimento para famílias em estado de extrema pobreza), pois a despeito de suas intenções éticas e igualitárias, acabam tornando indivíduos pertencentes à classe baixa brasileira em parasitas do governo, o que gera altas despesas ao Estado e apenas mascara a situação dessas pessoas que continuam sem exercer sua cidadania. Contrariamente a políticas como essa, a ajuda deve atuar na raiz do problema, de forma a prevenir o surgimento da desigualdade social. A sociedade, por sua vez, demonstra neutralidade em relação à causa assistencialista, o que configura mais um empecilho à prosperidade do país. Esse se deve ao fato de que os movimentos sociais em prol da renovação das políticas assistenciais são escassos, assim como é a participação do povo nos programas vigentes, tendo por consequência uma situação de inércia na nação, que continua com defasagens claras no que tange à igualidade. Em oposição a isso, o povo deve atuar auxiliando o governo a reintegrar pessoas em estado de radical pobreza. Fica claro, portanto, que a pátria tupiniquim necessita de um acerto de suas concepções. Esse deve reunir governo e sociedade, com o primeiro ampliando programas de reintegração através da educação primária e média e sua divulgação, o que gera novas possibilidades às pessoas, e o segundo promovendo o incentivo e a conscientização de que a educação pode mudar não apenas o quadro monetário das famílias, mas toda sua estrutura, o que fomentará uma maior adesão aos programas governamentais. Dessa forma o Brasil retomará o anverso do assistencialismo ao avesso presentemente aplicado, dando um grande passo rumo à minimização da grave desigualdade social presente no país.