Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: Pluralidade e (in) tolerância no Brasil

Redação enviada em 15/07/2017

A formação social do brasil já começou de forma intolerante, em que o português ao aportara na nova terra queria impor sua cultura como a correta, a julgar necessário trazer o catolicismo para “salvar os povos nativos” como informou Caminha ao rei de Portugal. Mais tarde, como se a vinda do negro para ser escravizado não bastasse, procuraram de qualquer forma reprimir a cultura africana. Hoje, mesmo após 500 anos, esse passado ainda possui raízes fixas na sociedade brasileira, gerando debates ideológicos que geralmente deixam marcas psicológicas e até mesmo físicas nas vítimas. É preciso considerar, antes de tudo, que o Brasil é um dos países mais diversos do mundo cuja sua sociedade ainda não conseguiu conviver com as diferenças. Basta dar uma volta na rua e é possível notar o preconceito ilícito, onde a população pobre e na maioria dos casos negra é temida pela sociedade, que impulsionado pelo estado de medo em que estão inseridas, acabam se por esquivar de um “bom dia”. De acordo com dados do Ipea, o número de casos homicídios de indivíduos negros aumentou significativamente enquanto o índice para a etnia branca foi reduzido, o que deixa claro uma seletividade e o descaso dos órgãos governamentais com a qualidade de vida dessa parcela, que sofrem diariamente com abordagens policiais sem nenhum motivo por serem apenas de uma etnia específica. Por outro lado, não é apenas na rua ou de forma física que a intolerância se faz presente. No meio virtual por meio das redes sociais, o preconceito se mostra ainda mais evidente, por conta a facilidade de fazer comentários preconceituosos e rapidamente poderem apagar os seus perfis, como ocorreu em 2016 com a jornalista Maria Júlia Coutinho, que foi alvo de comentários racistas. O ocorrido teve ampla visualização e mobilização, a fim de mudar o pensamento da sociedade, todavia que atos como este mostram o nível cultural destes indivíduos, que careceram de uma educação inclusiva para mudar suas percepções. Fica claro, portanto, que é necessário buscar medidas para combater a intolerância no Brasil, haja visto as mazelas que traz ainda hoje. Para isso, é preciso apoiar-se no pensamento de que “sem a educação, a sociedade não muda” do educador Paulo Freire, e investir em educação inclusiva, onde professores e alunos discutirão a temática com apoio de militantes que já foram vítimas, para conscientiza sobre a igualdade sem diferenças de cor, gênero ou religião. A polícia federal passaria a coibir os atos na internet, navegando e procurando casos a fim de impor justiça aos criminosos, para que assim, possamos tentar cortar o problema pela raiz.