O Brasil é marcado pela pluralidade cultural, devido à miscigenação do índio, negro africano e branco europeu. Dessa forma, há a diversidade no país, a qual convive com a opressão da intolerância, seja com uso do racismo, xenofobia, preconceito ao deficiente ou aos menos abastados, logo, isso é um problema. Sendo assim, a formação do país e a lenta mudança do pensamento social, contribuem com a grande diversidade e também para sustentar a prática da intolerância. Em primeira análise, a construção da sociedade brasileira serviu de base para esse problema. Vivemos em um país, no qual os ricos oprimem e agridem os pobres, pois não toleram a convivência com as diferenças. Sendo assim, a obra “Os sermões” do Padre Antônio Vieira ratifica essa ideia, pois esse utiliza da alegoria de que os peixes maiores comem os menores, fazendo uma comparação com a chegada do colonizador que oprimiu os índios, logo, essa ideia de que uns são superiores em relação aos outros é transmitida de geração a geração e a mesma faz parte do nosso presente, eis o preconceito socioeconômico. Contudo, a dificuldade de conviver com as diferenças sustenta a intolerância. Em segunda análise, a persistência de um pensamento ultrapassado sustenta esse embate social. Segundo Durkheim, o fato social direciona o pensar e agir da sociedade, sendo esse dotado de exterioridade, coercitividade e generalidade. Seguindo a ideia do sociólogo, a intolerância é um fato social, pois uma criança que convive com uma família racista, xenofóbica, violenta e etnocêntrica tende a fazer uso desses ideais no futuro, transmitindo então às próximas gerações esse modo de pensar erroneamente. Contudo, a ineficiência de políticas públicas sustenta a intolerância. São necessárias, portanto, medidas para solucionar o problema da intolerância às diversidades no Brasil. Sendo assim, à escola deve sensibilizar os alunos da educação básica, por meio de peças teatrais, palestras e livros que relatem os problemas vivenciados por quem sofre com a prática da intolerância, com a finalidade de comover a população com esse problema. Além disso, o Ministério das Comunicações deve transmitir propagandas, na qual o garoto ou a garota-propaganda sejam negros, pobres, deficientes, homossexuais e estrangeiros, afim de que o brasileiro possa respeitar e aprender a conviver com as diferenças. Mediante a isso, o grave problema da intolerância às diversidades culturais será minimizado, pois como disse Oscar Wilde: “o primeiro passo é o mais importante para a mudança de uma nação”.