É incontrovertível que o Brasil é um gigante multicultural e miscigenado. No entanto, há um detalhe na história da humanidade que permaneceu quase imutável: a intolerância do oposto. Nesse sentido, não obstante, mediante fatores em âmbitos históricos, socioeconômicos, morais e técnicos, a problemática da ausência de tolerância no país se faz presente- sendo um ato retrógrado, destrutivo na esfera social e inercial, a ser combatido. Em princípio, percebe-se que, hoje, com a crescente globalização das informações e da internet, o papel da alteridade com o próximo se modificou à medida em que a sociedade flexibilizou sua estrutura. Nesse contexto, o pré-julgamento e, por muitas vezes, agressões, são uma realidade brasileiro que está longe de ser inibida. A afirmação de uma etnia superior é traço relevante para o processo da história, a ideologia de Hitler, por exemplo, é uma forma de como o ser humano e sua ambição andam juntos, seja pela dominação de uma terra ou desrespeito com a cultura oposto. Destarte, visões inferiorizantes e, não raro, etnocêntricas são propiciadas e, por sua vez, viabilizam a violência. Outrossim, adaptando a Idea de homem cordial de Sérgio Buarque, parece que, hoje, interpretar a nossa identidade e singularidade no convívio social não e mais característica antrópica do povo brasileiro que, de certo modo, desprezam suas origens miscigenadas. Vale destacar, também, medidas de caráter paliativos ou lentos- como não punições e processos não resolvidos- dão impulso a impunidade a qual, no que diz respeito, corrobora com o ciclo vergonhoso e atos transgressores a parcela mais segregada historicamente, como a população Afro-Brasileira. Evidencia-se, portanto, a necessidade de se entender esse problema e propor medidas que, entre outras, tornem mais eficazes proposta lançadas e amenizem- ou até resolvam- essa questão. Para isso, é recomendável que peças midiáticas como novela e propagandas demonstrem a importância da diversidade étnica e cultural à sociedade, sendo veiculadas em rede nacional com subsídio estatal. Também é mister que haja direcionamento escolar, por meio do MEC, ao aprendizado sobre a mistura do povo brasileiro, a fim de evitar ignorância contraproducentes. Ademais, deve ser incentivado pelas próprias redes sociais, como facebook e Twitter, o ato de denúncias contra violências verbais, bem como deve ser feita severa vigilância sobre tais ocorrências e usuários com históricos nesse sentido. Dessa e de outras maneiras, iremos de encontro verdadeiro homem cordial que, segundo Buarque, age com o coração buscando sempre vínculos afetivos entre a sociedade.