A educação básica brasileira vem incluindo novas diretrizes curriculares, entre as quais a pluralidade e a tolerância. Essas diretrizes são importantes para promover o respeito ao próximo e reconhecer o direito do indivíduo como cidadão. A pluralidade e a tolerância, na educação, propõem o reconhecimento da diversidade social, tais como o reconhecimento da diversidade religiosa, racial, sexual e gênero. Esses reconhecimentos, como temas de disciplinas escolares, incentivam os alunos a aprenderem que identificar essa pluralidade social é importante para a formação de uma sociedade justa. Contudo, esse reconhecimento tem gerado algumas intolerâncias, pois alguns grupos sociais afirmam que a pluralidade na educação originou ações e programas excessivamente protetores que tornam “indivíduos vítimas”. Por exemplo, nas cotas raciais e sociais para alunos de origem negra e pobre em processos seletivos educacionais. De acordo com os grupos sociais contrários às cotas, esses programas excluem indivíduos “capacitados” e inteligentes. O reconhecimento da diversidade social na educação torna-se complexa demais para ser resolvida em simples diretrizes, pois ele parece incentivar reações que não promovem a tolerância e o respeito ao próximo. Outras ações, como a melhoria na educação básica do pobre e o entendimento da origem do processo da exclusão de pobres e negros nos processos seletivos durante décadas precisam ser debatidas e implementadas na educação para que esses grupos contrários compreendam que a cota racial e social é crucial e auxilia na formação de uma sociedade justa e plural brasileira. Outros temas importantes na construção dessa sociedade são os reconhecimentos da pluralidade na religião e sexual em espaços escolares, mostrando que grupos sociais minoritários também integram a sociedade e tem seus valores respeitados e preservados diante de outros grupos. Assim, a pluralidade e a tolerância, em temas de disciplinas escolares ajuda na formação cidadãos participativos na preservação de seus direitos individuais e tolerantes porque reconhecem que a sociedade é plural, com diferentes ideias e valores.