Na mitologia grega, Procusto é um bandido que amarra pessoas em sua cama e estica ou corta os membros de suas vítimas procurando fazê-las caber em seu leito. De forma análoga, no Brasil existem muitos Procustos que também torturam aqueles que não se encaixam em seus moldes, evidenciando um estado de intolerância no país da diversidade. O brasileiro é a pura expressão de pluralidade, o que o define é justamente sua indefinição, existem brasileiros de todos as cores, credos, tamanhos e etc. Sendo assim, nada justifica o preconceito presente no país em que a diferença é o símbolo da identidade nacional, Entretanto, a intolerância contra as mais diversas características mostra-se cada vez mais, como expõe o estudo, realizado pela plataforma digital Comunica Que Muda, que identificou os 10 principais tipos presentes na internet. Ademais, a Constituição Federal de 1988 prevê como crime praticar, induzir ou incitar qualquer maneira de discriminação ou preconceito, porém, ao contrário do esperado, devido a impunidade vigente, a cada dia novos Procutos, incomodando, torturando e muitas vezes levando suas vítimas a óbito, são apresentados nos noticiário. Exemplo disso, é o caso da travesti Dandara que foi torturada e assassinada por preconceito. Dessa forma, fica claro que é preciso combater a intolerância no país da pluralidade. Para tanto, é necessário que o poder judiciário, de fato, penalize toda forma de discriminação, pois punir "pequenos" delitos impede que crimes mais graves aconteçam no futuro. Além disso, as escolas devem promover eventos e atividades que exaltem a diversidade e proporcionar discussões sobre o tema com o intuito de incentivar a apreciação pelo diferente. Por fim, a mídia deve, através de campanhas publicitárias, promover a conscientização quanto as diversas formas de intolerância, e assim fazer com que Procusto exista somente no mito.