Título da redação:

Pluralidade é riqueza

Proposta: Pluralidade e (in) tolerância no Brasil

Redação enviada em 12/07/2017

Por ser um país formado por três grandes matrizes étnicas: a europeia, a indígena e a africana, o Brasil possui uma diversidade cultural muito extensa, porém não muito coesa. Apesar de haver na língua, na culinária e nas festas tradicionais evidências do sincretismo cultural brasileiro, é comum observar, no dia a dia, diversas formas de intolerância às minorias e a grupos historicamente subjugados. Independentemente de mais da metade da população brasileira se autodeclarar como negra ou parda, 97,8% dos comentários em rede sociais, analisados pela Comunica que Muda, têm menções racistas. O que confirma o fato de que a maior parte dos brasileiros é intolerante em relação aos seus semelhantes e tem maior propensão a ser mais violento com esses grupos, dado que 77% dos jovens assassinados no Brasil são negros. No entanto, não são apenas os afrodescendentes que sofrem discriminação no país. As classes mais pobres, as mulheres, os homossexuais, os estrangeiros e os deficientes também sofrem com essa intolerância, haja vista que procuram tornar seus grupos reconhecidos e compreendidos pela sociedade por meio de passeatas, como a Parada Gay anual de São Paulo e os diversos movimentos feministas atuantes no território. Entretanto, muitas vezes, essas manifestações são reprimidas por outros grupos da sociedade, evidenciando o preconceito brasileiro. Para que se tenha uma sociedade mais tolerante é necessário que o Ministério da Educação insira, desde o ensino fundamental, a disciplina de antropologia, a fim de fazer com que o brasileiro saiba desde cedo as diferenças culturais de seu país e aprenda a respeitá-las. Ademais, é imperativo que o Ministério da Cultura organize eventos, como passeatas e shows, que contribuam para o conhecimento nacional das minorias étnicas e culturais, fazendo com que a população aprenda a respeitá-las.