Título da redação:

O anonimato e a má orientação: propulsores intolerantes

Tema de redação: Pluralidade e (in) tolerância no Brasil

Redação enviada em 21/10/2017

Com a vinda dos portugueses entre os séculos XV e XVI ao Brasil, a miscigenação no continente, foi impulsionada pela diferença étnica de várias “raças”. A partir disso, a pluralidade ganhou forte espaço no país, crescendo cada vez mais, até os dias atuais. Porém, apesar de toda essa diversidade, atualmente, é realidade brasileira a intolerância, causadora de agressões físicas, verbais e até mesmo psicológicas. Falta de orientação escolar e familiar, discursos de ódio na internet ocasionados por herança histórica e negligência governamental, são alguns dos problemas que assolam a resolução desse entrave social. Portando, medidas eficazes devem ser discutidas e impostas pelo governo. Segundo o filósofo John Locke, “a melhor maneira de se preservar a liberdade é entender que se deve respeitar a liberdade do outro”. Destarte, em um país que predomina pensamentos etnocêntricos, é nítido o quão grande é o preconceito à diversidade, visto que, 97% dos casos de menções negativas na internet (discursos de ódio), são de racismo, segundo estudo realizado pela Comunica Que Muda, plataforma digital da Nova/sb. Por conseguinte, esse empecilho acaba corroborando para o fortalecimento intolerante, tendo em vista que, plataformas digitais acabam ajudando o anonimato do agressor. Outrossim, a falta de educação aos jovens e crianças, dentro dos núcleos escolares e familiares, acaba criando futuramente, adultos desorientados a viver com a diversidade atual. Visto que, é da natureza humana, pregar aquilo que lhe é ensinado quando mais novo. Portanto, é de suma importância, uma boa orientação sobre a convivência com a pluralidade, tanto cultural quanto étnica, para que assim, os primeiros passos para igualdade sejam dados. Tendo isso em vista, é mister, frente a necessidade de resolução do problema, medidas intervencionistas serem tomadas pelo governo. Em relação aos discursos de ódio na internet, cabe ao Poder Judiciário a intervenção por meio de uma maior rigidez com os agressores digitais, punindo-os severamente com multas e até mesmo privação de liberdade de acordo com a gravidade estipulada. Além disso, o Ministério da Educação em sinergia com pais e professores, deve investir em uma maior orientação sobre a diversidade brasileira, ensinando desde o começo às crianças, a importância de respeitar as diferenças existentes. Por fim, assim, criando um país menos intolerante, mais igualitário e desenvolvido nesse contexto.