Título da redação:

Mais tolerância e menos restrição

Proposta: Pluralidade e (in) tolerância no Brasil

Redação enviada em 09/07/2017

No século XVI, os portugueses, ao chegarem ao Brasil, não respeitaram a cultura dos nativistas indígenas. Hoje, o que se vê, nesse país, são os negativos aspectos da intolerância à pluralidade. Nessa perspectiva, faz-se necessário argumentar sobre o frequente desrespeito aos artigos legislativos e a ausência de autoconhecimento do povo brasileiro. Embora os indivíduos possuam seus direitos assegurados na Carta Magna de 1988, nota-se o não cumprimento periódico das leis por parcela significativa da população, uma vez que com o advento das redes sociais, as maneiras de discriminação intensificaram-se, contando com a falta de punição eficaz que esses meios dispõem. Em decorrência desse fato, crimes, como o preconceito e a homofobia, tornaram-se mais comuns de ocorrerem. Além disso, é válido pontuar que muitos brasileiros não se identificam como resultado da fusão entre culturas, pois, apesar da abolição da infundada escravatura em 1888, os índices de racismo continuam elevados e os índios são vistos como um símbolo do bom selvagem de Rousseau. Em decorrência disso, é evidente a restrição imposta a alguns grupos apenas pela cor da pele ou pelas diferentes práticas culturais. Assim, o Brasil não caracteriza-se pela pacífica heterogeneidade, mas sim por conflitos étnicos. Fica claro, portanto, que a intolerância à diversidade gera malefícios sociais. Para tanto, o Ministério da Cultura, em parceria com as escolas, deve desenvolver projetos que relacionem os fatos históricos, como o genocídio indígena e a escravidão, à atual situação da nação, por meio de palestras ministradas por sociólogos. Ademais, a mídia deve intensificar a divulgação dos dados que revelam o contexto de discriminação encontrado no país, através de campanhas publicitárias em jornais e na televisão.