“Somos o que somos inclassificáveis”, o trecho da música de Arnaldo Antunes exemplifica de forma objetiva a questão da diversidade no Brasil, pois pela miscigenação de povos, valores, culturas, religiões e ideologias, a população brasileira é considerada uma das mais plurais do mundo. Entretanto, o país ainda enfrenta problemas com a intolerância que ficou ainda mais grave com o avanço das redes sociais. Entre os tipos de intolerâncias existentes, uma das mais comuns é a homofobia, segundo pesquisas do Grupo Gay da Bahia (GGB), a cada 28 horas um homossexual é assassinado no Brasil. Outro bastante comum é o racismo, que de acordo com o site IG São Paulo, 60% das pessoas negras já sofreram discriminação racial no ambiente de trabalho. Esses fatos deixam nítido que mesmo com leis e direitos contra a intolerância, ela ainda existe e deve ser combatida. Além disso, a popularização das redes sociais nos últimos anos projetou mais evidência ao problema da intolerância. De acordo com dados da ONG Safernet, apenas entre os anos de 2010 e 2013, aumentou em mais de 200% o número de denúncias contra páginas que divulgaram conteúdos racistas, misóginos, homofóbicos, xenofóbicos, neonazistas, de intolerância religiosa, entre outras formas de discriminação contra minorias em geral. Fica claro, que é necessário criar medidas que acabem com o problema. Portanto, cabe ao MEC criar uma nova matéria que prima pelo ensinamento da pluralidade brasileira, afim de que o jovem se torne mais tolerante e leve isso para as próximas gerações. O governo deve investir mais no cumprimento da lei, com o objetivo de não ferir o direito de nenhum cidadão. Já as mídias devem ter a consciência de não divulgarem conteúdos com qualquer tipo de discriminação, mas sim conteúdos que promovam a igualdade. Por fim, cabe a cada um ter em mente de que ninguém é igual a ninguém, e assim como na música de Arnaldo Antunes, onde todos são inclassificáveis.