Título da redação:

Herdeiros da heterogeneidade

Tema de redação: Pluralidade e (in) tolerância no Brasil

Redação enviada em 01/09/2017

Segundo Karl Marx, sociólogo e estruturalista francês, “fator patológico” é aquele que prejudica o convívio social e destoa da “consciência coletiva”. Analogamente, na atual conjuntura, vivenciamos um cenário semelhante, constituídos por indivíduos intolerantes e unidimensionais, fruto da alienação e preconceito que fomenta a segregação e os conflitos sociais. O escritor brasileiro Augusto Cury dizia em seu livro “O futuro da humanidade” , relata que uma guerra só inicia a partir do momento em que um indivíduo tem seus ideais como “valores corretos” e consequentemente trata os ideais dissonantes aos seus como errado. Outrossim, a noção de “supremacia étnica”, oriunda de conceitos civilizatórios europeus, bem como estereótipos religiosos, discriminação social proveniente de recursos, orientação sexual, posicionamento político, entre outros, lançam a sociedade num constante conflito de valores que não cessam, resultando num ciclo do caos que inviabiliza a existência de uma vida civilizada. O matemático Pitágoras dizia para que “eduquemos as crianças para não ser necessário castigar os homens”, porque por meio do conhecimento pluralizado é possível entendermos que nenhuma premissa é absoluta e toda mudança é necessária para que melhorias sejam alcançadas. Então assim, vejamos a sociedade como um grande panorama heterogêneo, formados por indivíduos multifacetados que somam nesse processo evolutivo. Também é fundamental, entendermos que a prospecção e o conhecimento são compilações que nos fazem evoluirmos como cidadãos e contribuir para uma conjuntura mais transigente. Logo, com o fito de atenuar as violências vinculadas a intolerância no brasil, é primordial a existência de emendas constitucionais que garantam punições inflexíveis aos praticantes, com códigos penais específicos as violações dos infratores. Soma-se a isso, investimento em educação, que é o ponto nevrálgico desse processo, valorizando e capacitando professores pedagogos comprometidos em promover uma educação não só acadêmica, mas politizadora que formam cidadãos dedicados em garantir o bem estar da sociedade como um todo. Também é imprescindível, a atuação de ONGs como APAE (Associação de Pais e Alunos Excepcionais), juntamente com as famílias possam realizar projetos e campanhas de conscientização social, e tolerância a diversidade, pois como dizia Fernando Penna, professor Universidade Federal Fluminense “a base da educação é a pluralidade”.