Com a chegada dos portugueses, no final do século XV, o Brasil foi reduto de extrema exploração, tanto de suas terras, quanto da utilização de ameríndios e inúmeros escravos negros trazidos do continente africano. Assim, os europeus, ao se considerem mais evoluídos, censuraram intensamente a cultura dos povos explorados, além da catequização que impunha seus dogmas católicos.Isto é, o Brasil nasceu em meio a intolerância. Conforme a sociedade brasileira foi se desenvolvendo, muitos dos ideais dos tempos coloniais ainda se mantiveram,embora o país contenha uma das sociedades mais miscigenadas do mundo. Visto que, a exemplo da libertação dos escravos, houve a marginalização e ocupação da maior taxa de pobreza por parte da comunidade negra e forte favelização, entre os brasileiros.Além da intolerância racial, as religiões de origem africana, são também as mais perseguidas e repudiadas. Além disso, devido a evangelização no século XVI, estabeleceu-se uma cultura machista, em que a mulher deve ser submissa ao homem e por conseguinte possuir menos direitos que ele, havendo a manutenção do patriarcado. Segundo o antropólogo Darcy Ribeiro, muitas dessas questões se perpetuam, pois a educação pública é mal planejada propositalmente, com o intuito de manter a população alienada e alheia ao governo, além da continuidade do etnocentrismo, ou seja, a crença de que uma determinada etnia/cultura é a correta, faz crescer ainda mais o reduto da intolerância. Sendo assim, vê-se que a falta de liberdade cultura/religiosa segrega e afeta o desenvolvimento da nação, o Governo Federal, deve portanto, através de políticas públicas, aumentar o número de escolas, principalmente em lugares de maior segregação e pobreza, além de fornecer boa estrutura e material de apoio pedagógico amplo, principalmente em áreas da sociologia e filosofia.Assim como o Canadá, que investe muito na educação e possui uma da melhores políticas de alteridade que reconhece e respeita as diferentes culturas. Por isso, as escolas têm papel importante no desenvolvimento intelectual/social dos alunos e deve organizar palestras regulares sobre a importância da diversidade. E por fim, a continuidade e ampliação de eventos culturais grátis, por parte do Ministério da Cultura, que inclua as mais diversas culturas existentes no Brasil