O iluminista francês Voltaire defendia a construção de uma sociedade amparada nas liberdades civis – de expressão, associação e religiosa. Nesse sentido, percebe-se a importância do respeito à diversidade na construção de uma nação desenvolvida. Todavia, o Brasil ainda trata de forma incipiente a superação dessa problemática, a qual aflige classes historicamente marginalizadas, devido a valores retrógrados arraigados ao corpo social. A violência física costumava ser uma forma comum de demonstrar a intolerância contra determinados conglomerados. Ao longo do tempo, esse padrão mudou e, por conseguinte, as redes sociais passaram a ser uma ferramenta de manutenção do ódio. Isso ocorre devido à dificuldade de identificar quem comete crimes relacionados a essa temática e utiliza do anonimato no mundo virtual. Pode-se destacar, então, o caso de racismo sofrido pela atriz Taís Araújo por usuários do “Facebook” em sua página pessoal. “O homem nasce livre e em toda parte encontra-se acorrentado”. Esse aforismo do contratualista suíço Jean Jacques Rousseau mostra a falsa noção de sociedade civilizada e livre-arbítrio do homem contemporâneo. Dessa maneira, grupos que fogem dos padrões tradicionalistas ou considerados inferiores – como LGBTs, imigrantes, deficientes e mulheres – são privados de suas prerrogativas e cerceados pela ideologia conservadora e arcaica predominante em grade parte do país. Em face a essa realidade, é notória, portanto, a necessidade da adoção de um pensamento voltado aos ideais iluministas por meio de incentivos estatais a mostras culturais, como forma de promover a pluralidade . Voltaire, desde o século XVIII, já preconizava a leitura em sua célebre frase: "A leitura engrandece a alma". Em vista disso, incentivar a busca pelo conhecimento dentro das instituições de formação primária, através de políticas para valorização dos professores e discentes, é fundamental para romper o paradigma do preconceito.