Título da redação:

As consequências de uma colonização soberba no Brasil

Proposta: Pluralidade e (in) tolerância no Brasil

Redação enviada em 13/12/2018

O quinhentismo foi um movimento que tinha por função descrever o território brasileiro e os povos que ali viviam. Para Pêro de Magalhães, um dos historiadores da época, " os índios são pessoas sem fé, sem lei e sem rei." Embora esse trecho tenha sido escrito há séculos, o discurso de ódio em relação à pluralidade e intolerância no Brasil é algo que tem aumentado na contemporaneidade, merecendo debate acerca do tema. Deve-se pontuar, de início, que, desde há muito tempo, a história já relata o quão prejudicial se faz o discurso de ódio referente às pluralidade. A Segunda Guerra Mundial, que foi motivada pela não aceitação de Hitler aos homossexuais, negros e judeus, foi o maior holocausto do planeta, além de deixar mais de 25 milhões de mortos, vários países ficaram arrasados economicamente. Entretanto, o que gera preocupação é que, no século vigente, ainda se tenha vestígios de uma sociedade movida pelo preconceito, que não está aberta para a aceitação de novas culturas como também as diferenças, como foi o caso da travesti Dandara, espancada até a morte em Fortaleza por agressores preconceituosos. Dessa forma, cabe não só ao Estado intervir nessas situações, mas também as instituições de ensino, para formar cidadãos empáticos. Por conseguinte, a indústria do capitalismo, principalmente as do meio de produção de beleza, ditam a ditadura do singular, promovendo um único esteriótipo, propiciando, desse modo, para exclusão de quem não se enquadra no que é belo para eles. Como se não bastasse, a mídia ainda colabora para os parâmetros de desigualdade às pluralidades, como foi o caso da tão repercutida entrevista de Vinicius de Morais, que disse que "as feias me desculpem, mas beleza é fundamental", isso serve de ajuda ainda hoje para o enquadramento da magreza, posto que ele ainda dizia que uma mulher só é bela quando suas curvas são notadas. Dessarte, é fácil perceber que a sociedade ainda é muito patriarcalista, figura muitas vezes a mulher apenas como meio de mercadoria, aliás, à objetificação de sexo como forma de dar prazer ao público. Sendo assim, pode-se dizer, portanto, para o Brasil não carregue para sempre as marcas de uma colonização soberba, cabe ao Ministério da Educação, em parcerias com escolas privadas e públicas, disponibilizar materiais didáticos como livros de história, filosofia e sociologia que possam ser debatidos em sala de aula retratando as principais consequências da intolerância no passado e nos dias atuais, com a finalidade de formar pessoas tolerantes com as situações de pluralidades. Além de que, Conselho de Autorregulamentação Publicitária, em parcerias com os meios de produção em massa, possam divulgar campanhas de autoaceitação, com o objetivo de erradicar um só padrão, por meio de outdoor, mensagens nas redes sociais e campanhas publicitárias, para que, a partir disso, não haja a exclusão de pessoas. Dessa maneira, Vinicius de Morais estará errado, pois autoaceitação é que é fundamental.