Título da redação:

Aceitação e respeito ao diferente: mais do que tolerância

Proposta: Pluralidade e (in) tolerância no Brasil

Redação enviada em 19/08/2017

O filósofo Thomas Hobbes, em sua teoria política, afirma que o ser humano possui uma tendência à desordem e à injustiça, o que gera violência e agressões. Com base nisso, a intolerância, sentimento negativo presente nas diversas esferas sociais, constitui um obstáculo à manutenção da pluralidade de culturas e características no Brasil. Assim, é necessário analisar as causas dessa problemática e buscar as devidas soluções. A ONG Safernet registrou, do ano de 2010 até 2013, um aumento de 203% no número de denúncias de páginas de internet com conteúdo discriminatório. Esses dados demonstram que muitas pessoas se tornam mais agressivas na rede devido à ideia de falso anonimato e impunidade. Somado a isso, deve-se considerar que essa facilidade de trocas torna possível a formação de grupos que compartilham pensamentos preconceituosos e assim podem acreditar que suas opiniões egoístas de superioridade devem ser aceitas e impostas, o que é um equívoco. Sob outra ótica, é válido mencionar que é da natureza humana o desejo de encontrar um meio ao qual haja a sensação de pertencimento. No entanto, devido à diversidade física e à pluralidade intrínseca ao ser humano, é fundamental que as diferenças sejam respeitadas e isso é um direito previsto no Art. 5º da Constituição Federal. Ademais, não há dúvidas de que é um erro acreditar que algo tão simples e importante como a variedade entre as pessoas seja uma ameaça, quando na verdade pode ser uma fonte de novos aprendizados. Fica evidente, portanto, que mudanças devem ser postas em prática com o intuito de combater a intolerância que aflige a riqueza cultural brasileira. Para isso, as empresas que atuam nas redes sociais da internet devem fornecer meios para que seus usuários denunciem manifestações preconceituosas e ofensivas, bem como encaminhar essa queixa e as informações do perpetrador aos órgãos policiais para que as punições cabíveis sejam aplicadas. O Ministério da Educação, por sua parte, deve tornar obrigatória a inclusão de aulas e palestras que ensinem sobre a diversidade e o direito de exercê-la. Dessa forma, é possível esperar que das diferenças prevaleça o auxílio e a troca, e não a exclusão.