A lei da inércia, retratada no livro “Princípios matemáticos da filosofia natural” de Isaac Newton, afirma que todo corpo propende a permanecer em movimento, a menos que, uma força atue sobre ele e modifique o seu deslocamento. De maneira análoga, no Brasil contemporâneo quando se discorre sobre as expectativas e dificuldades do ensino a distância, verifica-se que essa lei se aplica, pois o imbróglio ainda persiste na realidade do país sem sofrer nenhuma alteração. Nesse sentido, é crucial analisar os agentes responsáveis por tal movimento. Em primeira análise, evidencia-se a relevância social da nova modalidade de ensino, a Educação a Distância (EAD). De acordo com Steve Jobs, um empresário norte-americano, a tecnologia muda o mundo. Sob o mesmo ponto de vista, o conceito trazido pelo autor aplica-se ao cotidiano do brasileiro, visto que, a tecnologia atrelada à educação possibilita maior acesso ao ensino superior, e assim a qualificação profissional, para aqueles que enfrentam dificuldades de locomoção e não possuem flexibilidade de horários. Desse modo, essa metodologia de ensino-aprendizagem rompe barreiras geográficas e sociais democratizando a educação e contribuindo para a transformação do mundo. Em segunda análise, cabe ressaltar que a falta de autodeterminação e organização dos alunos que optam pelo modo EAD seja um entrave para a permanência do problema. Segundo, o filósofo grego, Ésquilo a disciplina é a mãe do sucesso. Similarmente, é possível perceber que no Brasil, a ausência do comprometimento dos estudantes aos estudos afeta diretamente na construção do conhecimento desses futuros profissionais. Além disso, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação exige que o conteúdo, e a carga horária do curso EAD e o curso presencial se equivalham, dessa maneira, é necessário que os alunos entendam que ambos os tipos de formação requerem esforço e desempenho, ao contrário agirão conforme o pensamento do filósofo grego e serão levados ao fracasso. É evidente, portanto, que medidas são indispensáveis para combater esses fatores e mudar o percurso da inercial problemática. Convém, portanto que, o Ministério da Educação deve difundir para a população brasileira sobre as vantagens da educação a distância, por meio de programas sociais e palestras em instituições de ensino, informando sobre o uso correto dessa nova ferramenta e a importância de seguir constantemente uma rotina de estudos, afim de que, pessoas que possuem dificuldade de inserção sejam beneficiadas e estudantes que não possuem foco melhorem nesse aspecto. Destarte, tais mudanças irão funcionar como a força descrita por Newton, em sua obra, capaz de mudar o curso superando todas as expectativas e obstáculos do ensino à distância existente no Brasil.