Leonardo da Vinci, em pleno ápice do renascimento, pincelava a tela da qual faria parte da história da arte: Monalisa. Esta, morena e de pele clara, acima do peso para os padrões estéticos da atualidade, era considerada na época uma bela mulher, exaltando a constante mudança de parâmetros do conceito de beleza de acordo com a sociedade e um determinado momento histórico. O inconstante conceito de beleza é ressaltado ao longo da história através da arte, por intermédio de esculturas, pinturas e fotos, constatando a imposição e a inatingível busca de um padrão estético em procura de aceitação social e felicidade. Todavia, os padrões estéticos de beleza atuais são antagônicos á realidade da população, visto ao sedentarismo e consumo indiscriminado de produtos industrializados, promovendo a obesidade. Tais padrões impostos pela mídia a sociedade suscitam diversos tipos de distúrbios em âmbito físico e psicossocial, produzindo uma busca de beleza ideal degradante e patológica. Insatisfeitos com o próprio corpo, diversos indivíduos ao se olharem no espelho deparam-se com uma auto-imagem distorcida, optando por determinadas práticas a fim de se alcançar o corpo ideal, como deixar de comer e por consequência não consumir a quantidade necessária de calorias e nutrientes diários (anorexia), provocar vômitos após refeições com o objetivo intenção de não engordar (bulimia), a prática excessiva de exercícios físicos com a finalidade de ter um corpo definido (vigorexia), depressão em virtude da baixa auto-estima, preconceito, problemas em convívio social, dentre outras. Sob a égide do contexto histórico é possível corroborar a inconstância do conceito de beleza impostos a sociedade em busca de aceitação e felicidade através de uma beleza universal, suscitando doenças na esfera física e psicossocial, promovendo doenças, frustração, infelicidade ou até mesmo a morte.