Na antiguidade, a beleza da mulher era representada pelas curvas que possuía em seu corpo, pelos seios avantajados e por ser uma boa reprodutora. Contudo, devido aos fatores históricos e culturais ao decorrer do tempo, o conceito de beleza foi se intensificando e tornando-se cada vez mais singular e padronizado, como o que encontramos nos dias atuais. A sociedade contemporânea encontra-se, hoje, vítima do que é proposto pelo setor midiático, o que acaba gerando grande influência na vida de aqueles que são persuadidos por este meio. A beleza que nos é apresentada nesse momento se trata de um estereótipo definido pela mídia, pelas grandes empresas e revistas de modas, sendo este padrão considerado o ideal, ou seja, a beleza não é mais um conceito relativo e individual, mas um padrão a ser seguido pela sociedade. Inegavelmente, esse novo conceito de beleza propicia às mulheres o sentimento de insatisfação por se enxergarem diferentes do padrão que lhes é proposto como sendo o ideal, levando-as, dessa forma, a perder sua beleza natural, além de comprometer sua saúde quando submetidas a determinados processos em busca do estereótipo almejado, tais como: dietas inusitadas e exercícios intensos (sem acompanhamento profissional), cirurgias plásticas desnecessárias, depressão, transtornos de ansiedade, bulimia, entre outros. Percebemos, também, que apesar da situação econômica do país, o mercado de moda tem ganhado grande atenção e aumento no seu lucro financeiro, resultado do consumismo exacerbado dos produtos e serviços da moda, a fim de alcançar os inatingíveis padrões de belezas. Adicionado a isso, há uma série de setores que em conjunto lucram com esse marketing, o que justifica o apoio crescente a tudo que se é pregado nesse mundo da moda. Entretanto, chegou-se a um ponto em que é de grande importância por fim na “ditadura” da beleza, a fim de que a inclusão aconteça de forma mais efetiva e abrangente, não permitindo a desvalorização ou não aceitação às diversas formas físicas e de personalidades. Portanto, para contornar essa situação, é necessário que a população juntamente com o Poder Legislativo apoie leis que dificultem a veiculação de programas na mídia que tenham intenção de persuadir os telespectadores. Ademais, cabe aos pais e as escolas intensificarem as discussões acerca do assunto, para que ainda crianças entendam que devemos nos aceitar e nos amar da maneira que somos, mesmo em meio a tantas efemeridades.