A imposição da mídia sobre a sociedade e seu novo modelo de inter-relação vem comprometendo a saúde da sociedade. Este novo padrão requer uma forma física tomada como referência as pessoas de filmes, novelas, das passarelas, etc. A questão está centrada em identificar até que ponto as pessoas estão dispostas a buscar esse padrão ou o quanto isto venha a reprimir outros que não se percebam dentro dos novos ajustes. Percebe-se então, que grande parte do público que se deixa levar pelos padrões de beleza impostos, buscam a todo custo se adequar. Cirurgias plásticas, musculação, mudança nos hábitos alimentares, produtos de beleza, roupas e tudo mais que os deixem em concordância. O problema que mais chama a atenção está intrincado nos que buscam tudo isso de forma irregular. Ao invés de musculação, anabolizantes. Próteses são colocadas por profissionais não médicos. Produtos de beleza que extrapolam as regras das agências de vigilância. Estes são os escravos mais comprometidos: além de psicologicamente, se envolvem fisicamente e judicialmente. Uma outra parcela da sociedade se torna vítima do bullying por parecer inadequado perante as normas de beleza. E isso configura nessa outra parcela outra forma de comportamento. Se tornam pessoas retraídas, muitas vezes incapazes de encarar a sociedade e revelar os verdadeiros valores que devem prevalecer no ser humano. A partir disso, percebe-se a necessidade de novas propostas que intervenham nas pessoas vulneráveis a este tipo de comportamento. Uma terapia coletiva que vise o redescobrimento dos valores humanos e que os coloquem em primeiro lugar como forma de sobrevivência. Portanto, que a mídia possa ser impura, mas que as pessoas, ao perceberem-se como seres de valores morais, sobreponham-se às imposições da sociedade submissa da mídia, revelando-se como seres pensantes e modificadores de espaços.