A produção em massa existente na sociedade capitalista na qual estamos inseridos teve início há alguns séculos. Hoje, porém, não somente produtos são confeccionados: pessoas também são frequentemente levadas à linha de produção. Manipulado pela mídia, essa nova espécie de produto serve de alimento para o capitalismo nos mais diferentes níveis possíveis. Comerciais, semanas de moda e programas de televisão são apenas algumas das diversas maneiras que o capitalismo tem de usar a mídia para vender sua ideia de belo a nível global. A massa social, induzida por essas propagandas a atingir o estereótipo de beleza considerado aceito, tende a fazer uso dos recursos que são também disseminados por essa mesma mídia manipuladora. Dessa forma, as grandes corporações acabam por atiginr seu propósito, uma vez que são sustentadas pela insatisfação social. Descontentamento esse que na maioria dos casos, quando não saciado na fabricação de um novo eu, leva os indivíduos a manterem a lógica do capital de maneira contrária. Bastante comuns são as situações em que meios alternativos como dietas, bulimia e anorexia são utilizados para atingir o perfil almejado, quando não os leva a crises depressivas . Assim, os produtos passam a necessitar de remédios e consultas e, mais uma vez, mantêm as indústrias farmacêuticas em funcionamento. Logicamente a mídia tem papel fundamental na conservação do sistema econômico atual através da criação deste exército de pessoas fisicamente semelhantes. Tendo em vista que seu efeito contra a heterogeneidade é bastante eficaz, uma boa alternativa para que esse quadro seja sutil, mas gradativamente regressivo é o uso de materiais de contra esse tipo de alienação em unidades escolares, criadoras de senso crítico social. Além disso, a aplicação de assistência psicológica, ainda em âmbito escolar, auxiliaria os jovens em desenvolvimento enquanto pessoa a manterem sua identidade física através do pensamento analítico, indo, assim, contra a maquinação do modo capitalista.