Desde os tempos da Grécia Antiga, a beleza e a estética vêm sido cultuadas de diversas formas, incluindo inúmeras representações artísticas, como por exemplo, as esculturas. Uma das mais famosas, "O Doríforo", de Policleto, representa bem os padrões impostos pela sociedade na época. Um homem forte, com músculos definidos, sendo inclusive tido como um ideal de beleza e forma física por muito tempo. Muitos anos se passaram, a sociedade muito evoluiu, mas, os padrões em respeito à aparência, nem tanto. Após tantas décadas, seríamos nós apenas Gregos tentando nos encaixar nos ideais impostos? Todos sabemos que nos dias atuais, boa parte do que fazemos ou como agimos, é feita para tentarmos nos encaixar nos padrões impostos pela sociedade, e assim, encontrar nosso "grupo", já que estamos sempre em busca da ideia de "pertencimento", pois o "ser único" nos assusta. Entretanto, é absurda a ideia de que em uma sociedade tão evoluída quanto a nossa, ainda tenhamos que nos encaixar em algum ideal. Estando em uma era digital e tendo a mídia e outros diversos meios de comunicação como "implantadores" de padrões, ficamos muito vulneráveis a questionamentos internos sobre nossa forma física, nosso modo de agir, de pensar, de se vestir, entre tantos outros. A ideia de não ser o suficiente para a sociedade, muitas vezes acaba gerando problemas de caráter emocional, principalmente em adolescentes e jovens entrando na fase adulta, por não conseguirem provar seu valor. Como forma de resolver esse problema, ao invés de tentarmos derrubar todos os padrões, deveríamos construir novos, a começar pelo padrão da auto aceitação, usando das mesmas mídias e meios de comunicação para mostrar que não há perfeição, e que, quanto à beleza, não há ideal a ser seguido ou padrão a ser imposto. A beleza é algo individual, onde todos são bonitos do seu modo, sem que precisemos pertencer a grupo algum. Tendo uma sociedade consciente disto, não haverá mais a polemização de temas ligados a aparência, pois estes passarão a ser apenas uma questão de respeito, e não de julgamento e questionamentos.