Título da redação:

A idealização do século XXI

Proposta: Padrão de beleza e sociedade.

Redação enviada em 06/10/2015

Das curvas de Carmem Miranda às finas pernas de Gisele Bundchen, entre muitos estereótipos percorreu a sociedade brasileira nos últimos anos. Em busca da beleza ideal, no ano passado, milhares de brasileiros passaram por intervenções cirúrgicas em nome da estética. Fato esse que deu ao Brasil a liderança no "hanking" mundial de operações plásticas. Mas, até que ponto esse anseio pela aparência idealizada é saudável? Por influência de uma mídia capitalista, muitas pessoas se submetem a atrocidades contra o próprio corpo para atingir um padrão de beleza, colocando a saúde em segundo plano. Entretanto, tal padronização apresenta prazo de validade. Advinda da Revolução Industrial e Tecnológica, a obsolescência planejada é usada para aumentar o lucro de empresas, clínicas cirúrgicas e indústrias da moda e da beleza em geral. Consiste em impor estereótipos, fazendo com que a sociedade adquira uma roupa, um cabelo e até mesmo um corpo tido como ideal, e - em um curto prazo - muda-se esse padrão, incentivando as pessoas a consumirem novos produtos. Para isso, usa-se o poder de persuasão que a mídia tem sobre a população, através de novelas, comerciais e desfiles. Além disso, o almejo exacerbado para estar dentro do modelo ditado faz com que indivíduos abram mão de suas saúdes em prol da vaidade. Nas academias , por exemplo, é fácil de encontrar pessoas que usam anabolizantes e hormônios para ganho rápido e extremo de massa muscular. Porém, esse uso é totalmente prejudicial ao organismo, podendo até causar danos irreversíveis ao fígado do indivíduo. Ademais, há inúmeros transtornos psicológicos causados por obsessão à aparência ideal. Anorexia e bulimia são algumas das doenças desencadeadas pela síndrome de distorção de imagem, na qual há acentuada preocupação com algum defeito físico mínimo ou até mesmo inexistente. Isso mostra que uma vaidade extrema pode causar sérios efeitos a saúde física e psicológica em um indivíduo. Diante do exposto, constata-se que uma busca incansável por uma beleza imposta não é saudável para a sociedade. Para mudar essa situação, faz-se necessário uma maior responsabilidade da corporação midiática, para que essa use sua influência visando mostrar à comunidade que existem várias belezas diferentes, e que ninguém deve se submeter a riscos somente para atingir um único estilo. Além disso, as escolas - como instituição formadora de opiniões - deve promover debates entre seus alunos, incentivando-os a desenvolverem senso filtrador e crítico, com a finalidade de discernirem as imposições que a mídia traz. Cabendo, ainda, aos médicos e clínicas cirúrgicas advertirem seus pacientes quanto aos riscos de excessos de procedimentos estéticos desnecessários e os transtornos psicológicos que uma obsessão pela aparência perfeita pode ocasionar na vida da pessoa.