Desde a década de 90, o corpo esquelético das modelos extrapolou as passarelas e virou moda. Nos anos 40, por exemplo, as mulheres eram consideradas ícones femininos com suas curvas acentuadas e cabelos enrolados. Hoje em dia, a sociedade cobra o corpo ideal estético cada vez mais difícil de atingir. O estigma do corpo perfeito é imposto todos os dias por revistas, novela ou internet. Homens e mulheres estão cada dia mais se sujeitando a essa busca desenfreada que conduz à adoção dos chamados distúrbios alimentares e praticas inadequadas do controle de peso, tais como: os vômitos auto induzidos, o uso de laxantes, jejuns prolongados, pratica de exercícios excessivos, fórmulas emagrecedoras e remédios para perda de apetite. Os meios de comunicação apresentam diariamente o glamour da glória e do sucesso, de pessoas magras e em forma se dando bem em tudo que fazem, sem sofrer nenhum tipo de preconceito, apenas bem e com intensa ascensão social. Por exemplo, As campanhas de calçado, atualmente, têm apresentado em suas imagens muito mais os corpos dos modelos que os produtos a serem vendidos, os sapatos. Observou-se que, principalmente nas campanhas dos meses de verão, o corpo é o produto a ser vendido, e o sapato é um adereço para enfeitar o produto que realmente está à venda, a imagem da mulher atual. É preciso refletir sobre essa imagem corporal que a mídia impõe. O primeiro passo tem que partir do próprio individuo, libertar-se dessa visão limitada de beleza aceitando seu próprio corpo, pois cada ser humano tem seu próprio biótipo. Nesse movimento, deve estar o apoio de agentes sociais. A escola precisa debater e levantar esses questionamentos com os alunos e, principalmente com as meninas, sobre os estigmas corporais. O governo, por sua vez, proibir a publicidade em excesso por parte da mídia, que invade a mente das pessoas, influenciando a formação errada de pensamentos e opiniões sobre o que é perfeito e o que é saudável.