No renascimento, uma mulher robusta e com uma cintura mais avantajada era considerada saudável e sensual. Nos tempos atuais, o conceito de beleza é enquadrado conforme desfiles de moda e revistas, ser magro é o conceito máximo de perfeição, mesmo que para isso o individuo tenha que arriscar a própria saúde. A rede midiática cria cotidianamente propagandas que exaltam uma beleza inalcançável com corpos macérrimos, rostos proporcionais e cabelos perfeitos. Ela usa o seu poder de persuasão para atrair um público que se sente inferior e deseja modificar o corpo para se tornar parecido aos grandes ícones dos comerciais. Com isso, diversas pessoas recorrem a tratamentos extremos, como plásticas e medicamentos, para se encaixarem no padrão imposto pela sociedade. Segundo Zygmunt Bauman, o século XXI é marcado pela liquidez de ideais e de desejos, tudo se modifica rapidamente e as pessoas precisam se apressar para não se tornarem obsoletos. Entretanto, essa busca incessante para acompanhar as diversas tendências pode provocar uma lenta deterioração física e mental do ser, que leva a variações de humor, distúrbios alimentares e em casos mais graves até a morte. Como resultado, diversas vidas são ceifadas apenas pelo desejo de seguir um padrão criado por meio de programas de edição de fotos e da rejeição do bem estar. Infere-se que esse massacre deve ser combatido pelo Estado e pela sociedade como meio de se evitar o dilaceramento humano. Cabe ao Governo criar campanhas que conscientizem sobre os perigos da obsessão por tratamentos estéticos. Cabe à escola criar aulas que falem sobre predisposição genética de cada ser e como isso influência o corpo humano. Além da família que possuir alguém com problemas relativos a mudanças excessivas no corpo procurar ajuda psicológica, para que assim as pessoas tenham uma vida saudável e não se sacrifiquem em prol da beleza.