Há algum tempo atrás, em determinadas culturas, ser farta era o ideal de beleza para as mulheres. Hoje, o que se vê, é totalmente o contrário. E além da preocupação feminina, os homens vem buscando, cada vez mais, chegar a e manter os padrões de beleza do corpo. Padrões estes que passam a ser veiculados por diversos meios de comunicação e que podem gerar grandes consequências àqueles que seguem esse modelo de beleza corporal. Os diversos meios de comunicação, tanto impresso - revistas e jornais - como digital - rádio, TV e internet; vem criando modelos ideais para o corpo humano, para ambos os sexos, masculino e feminino, mascarados pela justificativa de ascensão na saúde. É certo que, um corpo atlético é naturalmente bem mais preparado fisicamente, refletindo num melhor bem-estar. Entretanto, o interesse midiático é, em sua essência, de cunho capitalista, vendendo tratamentos para emagrecer, remédios que prometem ajudar a se chegar ao corpo ideal, através de propagandas que criticam toda e qualquer medida considerada fora dos padrões impostos por esses meios e aceitos pela sociedade. As formas de se chegar a esses exemplos de beleza corporal, padronizados principalmente pelas revistas e TV, são através de dietas milagrosas, aparelhos elétricos que queimam gorduras ou hipertrofiam músculos sem que haja necessidade de esforço; bem como tratamentos a base de medicamentos. Terapêutica essa, que muitas vezes não funciona devida a utilização de forma errônea, causando frustrações, as quais podem levar ao desenvolvimento de sérios transtornos alimentares como a bulimia, a anorexia e até a vigorexia, inclusive problemas físicos devido ao uso indiscriminado de substâncias nocivas ao organismo presentes nesses medicamentos. Como os meios de comunicação são importantes veículos de informação que atinge a toda população: jovens, idosos, homens e mulheres, e vista a dificuldade de eliminação dos padrões de beleza do corpo sustentados por estes meios; para minimizar o crescente número de transtornos psico e fisiológicos, até como forma de evitar gastos na saúde pública, a mídia tem que exercer o seu princípio, de informação, demonstrando de forma clara, o necessário para adquirir um corpo saudável - não perfeito; problemas que o uso abusivo de medicação pode causar; bem como mostrar a importância da multidisciplinaridade dos profissionais de saúde na busca pela saúde corporal.