Com a necessidade de se produzir mais e gastar menos, a Engenharia Genética tem recebido altos investimentos, além de apoio governamental em todo o mundo. Estas produzem sementes resistentes a agrotóxicos, logo, permitem produção de mais alimentos e menor custo de produção. Todavia, a inserção dessa tecnologia no mercado mundial ultrapassa limites éticos e ambientais e geram controvérsias entre empresas, agricultores e ambientalistas. Em uma primeira abordagem, deve-se analisar os riscos advindos do plantio transgênico à biodiversidade. Apesar das sementes modificadas possuírem resistência a pesticidas, vírus, bactérias e insetos, estas podem apresentar efeitos contrários aos esperados, por exemplo, atingindo animais não alvo, como abelhas e minhocas essenciais para ''saúde'' das plantas, prejudicando também o equilíbrio natural do ambiente. Ademais, contribuem diretamente para o desmatamento, sobretudo na Amazônia, onde a devastação vem aumentando por causa da expansão da soja transgênica. Em uma análise mais aprofundada, o plantios dos OGM'S também trazem consequências sociais que afetam rigorosamente produtores e consumidores. O plantio de transgênicos, além de requerer maquinário sofisticado e solos de alta qualidade, as sementes são extremamente caras, sendo assim inviável para agricultura familiar, pequenos e médios empreendedores manterem esse tipo de produção. Outrossim, é a falta de estudos científicos comprovatórios de segurança do consumo desses produtos a médio e longo prazo, logo, torna-se um potencial risco a saúde da população. Torna-se evidente portanto, que a produção transgênica é perigosa para o ambiente e para o homem, logo, medidas de controle, bem como segurança alimentar e ambiental devem ser tomadas. Dessa maneira, o Ministério da Agricultura deve exigir estudos clínicos e testes para comprovação de 100% da segurança do consumo de transgênicos. O governo Federal deve ir diminuindo aos poucos a produção de OGM's e incentivar a agricultura familiar e orgânica, visto que o nível de produção do cultivo tradicional se iguala a dos transgênicos, além de ser sustentável e trabalhar paralelo a natureza. Enquanto isso, o governo em parceria com ONGS e ambientalistas precisam criar projetos de restauração do que já foi prejudicado, por exemplo, aumentando áreas de proteção florestal e reflorestamento de campos devastados. Além disso, a Anvisa precisa exigir o símbolo transgênico nas embalagens dos alimentos, afim de que o consumidor saiba o que está comprando. Assim, poderemos ter confiança nos alimentos feitos para nós, além de contribuirmos para manutenção da natureza.