Título da redação:

Podemos confiar nos alimentos transgênicos ?

Proposta: Os transgênicos no Brasil e a problematização do acesso à informação

Redação enviada em 08/10/2015

A cada dia, surgem no mercado novas substâncias, produzidas pela tecnologia da Engenharia Genética, capazes de estimular a produtividade de plantas cultivadas, a resistência de animais e plantas às doenças diversas e às mudanças climáticas, entre outras finalidades.Analogamente, o uso de alimentos transgênicos, em busca de melhorar as características dos alimentos, ainda divide opiniões. Há polêmica sobre a segurança para a saúde humana do uso de tais alimentos, bem como se o cultivo deles pode ou não trazer prejuízos para o meio ambiente. Com efeito, é fundamental que esse avanço tecnológico e científico seja utilizado apenas para o bem. As pesquisas sobre essa cultura ainda são recentes, mas mostram que ela é mais nutritiva e gera produção em larga escala. Essa alta produtividade poderia combater a fome, assim como fez parte do discurso da Revolução Verde na década de 1960, porém sabe-se que o problema da fome se associa à distribuição irregular e não à baixa produção de alimentos. Além disso, os efeitos a longo prazo são desconhecidos. Portanto, os alimentos transgênicos podem trazer riscos à saúde do ser humano. Ademais, é uma ameaça ao ambiente em que ele vive posto que afeta à biodiversidade. Esse selecionamento das variedades genéticas se contrapõe à preservação da biodiversidade natural, já que gera uma falta de controle e riscos às variedades nativas de plantas, animais e outros organismos. Assim sendo, é uma ameaça ao meio ambiente. Percebe-se assim que os alimentos transgênicos são alvo de polêmica. É fundamental, pois, o estabelecimento de limites, tanto por parte dos cientistas como dos governantes, para que as manipulações genéticas não resultem em impactos ambientais irreversíveis. É preciso criar, também, leis e procedimentos da bioética que impeçam tal desenvolvimento. Além disso, é importante que esses alimentos sejam rotulados para que cada indivíduo possa escolher se quer ou não assumir esse risco uma vez que obter informações é uma forma que a sociedade encontra para exercer sua cidadania. Posto isso, o consumidor, à medida que acompanha a velocidade do progresso científico, deve tornar-se atento às escolhas e aos efeitos tanto na saúde quanto no meio ambiente.