Na contemporaneidade, é indiscutível a repercussão do uso de transgênicos no Brasil. Inúmeros debates e pontos de vista - retratados com excelência no documentário "GMO OMG" e no livro "O Mundo Segundo a Monsanto" - pairam sobre se a transgenia traz, ou não, benefícios e se ela poderá acarretar problemas futuros para a população do nosso país e do mundo. Os Organismos Geneticamente Modificados (OGM), ou apenas transgênicos, são definidos como todo produto que advêm, por meio de engenharia genética (biotecnologia), da adição ou cruzamento de material genético de duas ou mais espécies diferentes, com a finalidade de aprimorar alguma função específica do produto resultante. No Brasil, tal tecnologia já se faz presente em todos os níveis da cadeia de produção e consumo, tanto na parte da saúde, com a fabricação de remédios por bactérias transgênicas, quanto na produção de alimentos, como, por exemplo, na soja, feijão, algodão e milho resistentes a agrotóxicos. Trazendo, assim, grande avanço técnico-científico e social as terras tupiniquins. Embora saibamos de tudo isso, é relevante salientar que, apesar dos avanços e vantagens proporcionadas pelo uso dos OGMs, ainda existem complicações em relação a sua utilização e distribuição no mercado consumidor. Alguns cientistas e ativistas alegam, baseados em pesquisas, como a do biólogo Francês Séraline sobre as consequências da ingestão de alimentos transgênicos, que a transgenia pode acarretar doenças, como câncer, e outros complicações no organismo humano. Também é importante ressaltar que, em decorrência dessas opiniões controversas sobre o uso dos transgênicos, várias empresas se negam a informar na embalagem dos seus produtos se há presença de OGMs na sua constituição, pois temem que tal ação/medida venha prejudicar na venda do seu produto, e, consequentemente, no seu lucro. Conforme o grande filósofo Nietzsche: "Todo conhecimento implica poder". Assim, ao nos apoderarmos do conhecimento adequando, teremos o poder para diminuir e resolver as polêmicas sobre o uso dos transgênicos no nosso país. Basta que o poder público invista mais em pesquisas sobre OGMs, para que a sua utilização e entendimento sejam aprimorados, e que seja criada uma lei que torne obrigatória a sinalização da presença de transgênicos em um produto, para que o consumidor tenha o poder de escolher consumir, ou não, qualquer artefato resultante de transgenia.