Em abril de 2015 a Câmara dos Deputados aprovou a lei que altera a divulgação do símbolo de transgênicos em rótulos. Essa lei permite que o uso do símbolo (triângulo amarelo com a letra 'T' no meio) seja dispensado. A partir disso, surge a discussão sobre a problematização da omissão de informação nos produtos. Não seria um direito dos brasileiros saber qual a constituição dos alimentos comprados? Primeiramente vale ressaltar que o grande filósofo Thomas Hobbes acreditava que conhecimento é poder. Nesse sentido, sem a presença do símbolo, os clientes não terão o poder da escolha. Com isso, serão obrigados a consumir produtos sem saber sua origem, sem poderem escolher entre transgênicos e orgânicos, já que não haverá identificação para tal. Além disso, é necessário lembrar que o Brasil é o terceiro maior produtor de milho do mundo. Porém, no Brasil, as sementes de milho transgênicas já se dispersaram de tal forma que as orgânicas são quase inexistentes. E a maioria dos alimentos consumidos pelos brasileiros é a base de milho, como o fubá, maizena e salgadinhos de milho. Sendo assim, o milho transgênico está constantemente presente da dieta do brasileiro. Mas, surge um problema, ainda não há pesquisas conclusivas sobre as consequências do uso contínuo de organismos geneticamente modificados (OGM) na dieta. Portanto, faz-se necessário que o o Ministério da Educação invista em pesquisas relacionadas aos transgênicos, priorizando bolsas de mestrado e doutorado nas Universidades Federais, para que assim, seja possível prever as possíveis consequências no organismo humano com o uso dos OGM. Além disso, é interessante que essa lei seja revista, levando em consideração o direito dos consumidores à informação.