Título da redação:

Oi, eu sou um transgênico!

Tema de redação: Os transgênicos no Brasil e a problematização do acesso à informação

Redação enviada em 08/10/2015

Em meio a uma grande quantidade de doenças e um estilo de vida pouco saudável, a ciência vem buscando novos métodos para minimizar as necessidades da sociedade de uma forma barata e eficaz. Os transgênicos apareceram de forma oportuna nessa história, com grandes vantagens de produção e econômia, e um grande apelo para com a saúde, os organismos genéticamente modificiados (OGMs) tomaram grande notoriedade dentro da ciência. Porém, há quem ache o uso desses organismos uma atividade perigosa, neste âmbito, discussões polêmicas tomaram relevância dentro da sociedade, questões que ultrapassam a genética e chegam até mesmo a relegião. Por um lado, a oposição alega que tais produtos podem trazer, mesmo que a longo prazo, problemas para a saúde humana. Além disso, tais produtos não eram comercializados devidamente rotulados. Apesar de nunca ter conseguido provar um caso real de patologia gerada pelo uso de ditos perigosos transgênicos, órgãos como o Greenpeace tentam ratificar que a população tem o direito de escolher se querem ou não consumi-los. Um exemplo clássico é a maizena, consumida por muitos mas que poucos sabem se tratar de um OGM, malgrado as novas embalagens tragam uma indicação, a população não foi instruída de como identificá-la. Casos como o da maizena, levantaram um argumento forte na luta contra os transgênicos, as pessoas estariam sendo obrigadas a consumir tais produtos, sem ter a autonomia de escolher. É como se a indústria, em busca unicamenete do lucro, enfiasse os OGMs goela abaixo da população. Além disso, as discussões sobre esses organismos é pouco difundida, não é comum por exemplo, ver na tevê um comercial que aborde tal polêmcia. Se temos o direito de escolher ou não se queremos consumir álcool ou tabaco, deveriamos poder escolher se os produtos modificados (que podem ou não causar danos futuros) podem fazer parte das nossas vidas. Por outro lado, vale lembrar que os transgêncios trouxeram eficácia naquilo que almejavam. Resistentes aos agrotóxicos, se tornaram um produto mais fácil de ser cultivado, por consequente, conseguem ser facilmente estocados e podem ser produzidos de forma exacerbada. Essas condições num país capitalista, levaram a uma decisão recente da câmera dos deputados em extinguir a exigência de rotular os produtos transgênicos, que não apresentassem 1% de substância modificada em sua composição. Contudo a polêmica não deve parar por aí, e antinomia deve gerar ainda mais discussões futuras. Logo, malgrado não haja casos comprovados de doenças causadas por transgênicos e provas reais de sua eficácia almejada, é direito de cada indivíduo poder escolher aquilo que quer ou não consumir. As indústrias alimetícias deveriam rotular de forma adequada os seus produtos transgênicos, afim de indicar ao consumidor aquela condição sem pressão do governo, que por sua vez, deveria garantir o direito de informação ao consumidor fiscalizando os rótulos dos alimentos e exigindo as indicações adequadas. Só uma coisa é certa, com ou sem indicação, os OGMs ganham cada vez mais espaço no mercado brasileiro e mundial, e deve gerar muitas futuras discussões.