Título da redação:

O perigo está na mesa

Proposta: Os transgênicos no Brasil e a problematização do acesso à informação

Redação enviada em 10/10/2015

Segundo Lavoisier, “na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. Ao julgar o panorama atual, essa mudança pode ser vista no processo de síntese de alimentos e medicamentos com o advento da biotecnologia. Diante desse cenário de aumento de produtividade agrícola e avanço na medicina, essa seleção artificial de genes é feita de forma discreta, comprometendo componentes sociais e gerando dúvidas sobre seu exercício. Tais impactos ocorrem, predominantemente, através da falta de informações oferecidas pela mídia sobre o assunto. Devido a alta rentabilidade gerada por anúncios publicitários, os veículos de comunicação se tornam porta-vozes indiretos das indústrias alimentícias e farmacêuticas, atraindo o indivíduo para o consumo sem explicitar as consequências de uso do produto. Com isso, há a dúvida acerca da atividade fisiológica do organismo transgênico e seus eventuais riscos para a saúde. Nesse contexto, a escassez de pesquisas sobre esses componentes geneticamente modificados gera uma sensação de insegurança por parte da população, acarretando movimentos contra a sua utilização e tendo apoio de ONGs como o Greenpeace. Ademais, existe o perigo de alergias, visto que os produtos não informam detalhadamente a respeito dos genes ali recombinados, reforçando a desconfiança existente. Fica claro, portanto, que os transgênicos são benéficos para a medicina e agropecuária, entretanto, necessitam de mais esclarecimento sobre seus impactos. Para reverter tal quadro, a mídia deve criar campanhas que expliquem detalhadamente sobre a biotecnologia, elucidando esse processo para a população. O governo também deve participar, criando leis que pressionem empresas a incluir mais dados acerca dos organismos envolvidos no processo de DNA recombinante, evitando o risco de alergia ao consumidor. Dessa forma, a população terá mais acesso a informação e poderá, finalmente, se sentir menos insegura em relação ao que está ingerindo.