A transgenia é um fenômeno recente, que possibilitou, junto à Revolução Verde, elevar a produtividade no campo. Seus possíveis efeitos no corpo humano são ainda desconhecidos, contudo. Por isso, continua a se discutir a necessidade da rotulagem dos produtos geneticamente modificados, já que seu símbolo afasta compradores e, até onde se sabe, não há danos sendo causados.                 Primeiramente, a agroindústria tem o direito à liberdade de expressão, à guisa de qualquer outra entidade - mas isso não deve se confundir com atuação desregulada, pois o bem estar de uma população sob um Estado justo deve sempre ser priorizado. Visto que alguns pesquisadores cogitam hipóteses como a relação dos transgênicos ao aumento na taxa de cânceres, sério problema de saúde, permitir que produtos sejam comercializadas sem que sua origem seja anunciada é inaceitável. Afinal, como dizem os ditados populares, "você é o que você come" e "é melhor prevenir do que remediar". Não apenas essas sementes podem trazer riscos à saúde desconhecidos, mas elas também representam a entrada de grandes indústrias no meio rural, como a Monsanto, formando novos oligopólios. Estas empresas não vendem apenas a semente, incluindo na compra inseticidas e fertilizantes por serem essenciais ao crescimento da plantação, tornando o agricultor cada vez mais dependente de insumos e, a produção, mais tóxica. Assim, a compra de alimentos de raízes transgênicas representa um incentivo a este modo de produção, e nesse sentido é importante que o comprador saiba do que participa: eis a importância do acesso à informação em todas as áreas, inclusive nesta. Enfim, para que a rotulação dos produtos seja feita devidamente, a constante fiscalização por parte dos órgãos responsáveis é imprescindível, a fim de que nenhuma empresa escape à lei. Além disso, para aqueles que forem encontrados burlando-a, as punições devem ser severas e exemplares, desestimulando novas tentativas de fazê-lo. Dessarte, haverá acesso à informação, o que gera um dos aspectos mais importantes de um Estado de Direito: a liberdade de escolha.