Os transgênicos, organismos geneticamente modificados, ganham destaque na produção em larga escala mundial devido às facilidades que proporcionam na produção. No entanto, os efeitos desses alimentos para a saúde humana ainda são desconhecidos. Nesse contexto, no Brasil, o acesso a esse tipo de informação é limitada aos consumidores. Os alimentos modificados geneticamente têm seus efeitos colaterais desconhecidos. Segundo pesquisas da Columbia University, os alimentos transgênicos tanto podem não trazerem prejuízos á saúde , como podem desenvolver patologias, até mesmo câncer.Esse tipo de alimentação no mundo foi implementado muito recentemente, e também o foi no Brasil, como mostra os dados da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança(CTNBio) , que somente a partir de 1998 os transgênicos foram liberados para plantio em território brasileiro. Assim, esse novo tipo alimentar em massa constitui uma incerteza para a humanidade. No Brasil, a identificação dos alimentos transgênicos nas prateleiras dos supermercados é extremamente difícil, e muitas marcas chegam a omitir essa informação. De acordo com pesquisa divulgada pela BBC Brasil , em países desenvolvidos como Dinamarca e Holanda, a identificação dos transgênicos é facilmente feita pelos consumidores, enquanto que em terras tupiniquins essa informação é limitada e a maioria da população os consomem de forma inconsciente.Além disso, o Greenpeace (organização não governamental internacional a favor da biodiversidade), afirma que tais alimentos são prejudiciais à saúde humana, e por isso, as empresas, visando o lucro com as vendas, não deixam claro nos rótulos que são geneticamente modificados.Com isso, o consumidor brasileiro não consegue decidir sobre a própria alimentação. Parafraseando o sociólogo Zigmunt Bauman, para que se estabeleça a harmonia social o cidadão deve ter acesso às informações que delimitam o seu cotidiano. Dessa forma, compete ao Estado brasileiro criar leis que obriguem os fabricantes a colocar nos rótulos a origem transgênica dos alimentos. Essa medida será efetiva com a criação de estruturas governamentais que fiscalizem, e a aplicação de multas às empresas que infringem tal norma. Além disso, o cidadão também deverá cobrar isso das marcas por meio de protestos nas redes sociais e junto ao Procon.Com essa conjuntura o brasileiro poderá decidir sobre com o que se alimentar.