Um dos desafios desse século é como aumentar a produção de alimento para suprir uma população que cresce e já supera sete milhões. No mundo ainda existem muitas regiões onde há abundância de alimentos, como o Brasil, um dos países que mais desperdiçam. Em outros países, situados em regiões desérticas, a escassez de alimento sempre foi marcante. Pesquisas mostram que a quantidade de alimentos produzidos atualmente não será suficiente para suprir toda a população em 2020, mesmo com reduções de desperdícios. Cientistas possuem uma possível solução para essa questão, ao produzirem em laboratório sementes de alimentos geneticamente modificadas que prometem trazer não apenas aumento de quantidade, mas também de qualidade aos alimentos. Embora alimentos transgênicos sejam consumidos, existe uma preocupação sobre seus malefícios e benefícios comparados aos alimentos não modificados geneticamente. Essa falta de informação inibe um maior consumo, onde os consumidores restringem suas compras as informações contidas nas embalagens. Embora o número de pesquisas sobre transgênicos indique a existência de muitos resultados, estes não chegam ao consumidor. Talvez, os cientistas estejam aguardando resultados mais conclusivos, que são obtidos em longo prazo, com o uso de técnicas diferenciadas. Ainda que vista como solução para a fome, a produção de alimentos transgênicos não deveria ser a primeira opção a ser considerada. Como não foi avaliada a reação da população consumindo elevadas quantidades desses alimentos por anos, é difícil concluir se haverá perda na qualidade dos alimentos, redução de vitaminas no organismo do consumidor e até o surgimento de novas doenças. A cautela em ingerir esses alimentos motiva a formação de grupos no Brasil que protestam contra o consumo de transgênicos. Os produtos modificados geneticamente deveriam ser mais debatidos pela sociedade, nas escolas, universidades, igrejas e internet. A divulgação dos resultados já obtidos seria importante para trazer mais consciência aos consumidores, que muitas vezes compram um produto e não sabem a procedência. Etiquetas informando se houve modificação genética deveriam ser obrigatórias em todos os alimentos. A escolha final pelo consumo de um produto transgênico é sempre do consumidor, entretanto, estes devem estar conscientes do que estão ingerindo.