Título da redação:

Avanço Incerto

Proposta: Os transgênicos no Brasil e a problematização do acesso à informação

Redação enviada em 15/10/2015

A engenharia genética é, certamente, um dos mais novos e promissores campos de conhecimento humano, diante desta “juventude”, ainda é vista com desconforto e receio por diversos setores da sociedade. Um de seus aspectos mais polêmicos é a transgenia, causando diversos conflitos entre ONGs, comunidade científica e população em geral no Brasil e, principalmente, na Europa onde se concentram as pesquisas. Certamente a transgenia se encontra inserida não somente na área agrícola, mas também na médica. Como exemplo há a produção de insulina humana através de bactérias modificadas. Tais avanços são sem dúvida muito importantes para o desenvolvimento humano, assim como o sequenciamento do projeto genoma humano possibilita o avanço nos estudos de diversas doenças hereditárias. Thomas Malthus acreditava que a humanidade passaria por graves crises alimentícias uma vez que a população crescia exponencialmente em relação a produção agrícola. Após a revolução verde, agrotóxicos e maquinários mostraram falha a previsão malthusiana, elevando a produção de alimentícia. A transgenia aplicada no campo agrícola vem como mais um ferramenta da revolução verde e pode, até mesmo, substituir os agrotóxicos que são comprovadamente nocivos ao homem e ao meio ambiente. Apesar do alerta de muitas ONGs contra o uso de transgênicos, alegando risco à saúde humana, não há pesquisas aprovadas pela OMS (Organização Mundial da Saúde) que validem as acusações. No entanto, não são descartados os riscos a longo prazo, o que gera o receio e a necessidade do consumidor saber quais são os produtos transgênicos e poder optar em não escolhe-los. Diante deste quadro, é inegável a contribuição da engenharia genética no futuro da humanidade e, portanto, a bioética se faz cada vez mais necessária para regulamentar e fiscalizar essas tecnologias no âmbito internacional, diante de uma ética discursiva entre os diferentes setores da sociedade. Os governos devem garantir a liberdade de escolha do cidadão e muni-lo de conhecimento para isso, principalmente através da educação escolar, ensinando sobre as novas tecnologias e formando cidadão críticos e conscientes.