A engenharia genética faz uso de uma técnica chamada transgenia a qual consiste em permutar os genes dos organismos entre espécies diferentes, a fim de melhorar as suas características e, assim, trazer benefícios para a sociedade. Contudo, há empresas que monopolizam o mercado dos transgênicos trazendo prejuízos aos pequenos agricultores. Nesse contexto, a transnacional Monsanto controla cerca de 85% da produção de sementes geneticamente modificadas. Com isso, os camponeses tornam-se refém dessa gigante da agroquímica, visto que os grãos transgênicos não geram descendentes aptos para serem usados em um novo plantio. Além disso, as sementes vendidas por essa multinacional são apenas tratadas com os seus próprios herbicidas, fato que reforça os agricultores à sua dependência. Em decorrência de elas serem mais resistentes, conforme a teoria da seleção natural, do naturalista Charles Darwin, vão gerar pragas mais fortes e uma diminuição na biodiversidade do meio ambiente. Por isso, o uso de agrotóxico tem aumentado drasticamente, o que pode desencadear problemas fisiológicos nas pessoas pelo alto consumo de pesticidas desses alimentos. Por outro lado, cabe destacar os benefícios que a transgênese possibilitou à sociedade. Com o objetivo de combater a epidemia de dengue, a biotecnologia pode modificar um mosquito para que ele não seja capaz de procriar. Ademais, com as bactérias transgênicas a produção da insulina humana tornou-se mais acessível para os diabéticos. Considerando as polêmicas e as vantagens da transgenia, logo, é relevante refletir sobre a concentração desse mercado em oligopólio. Para tanto, o governo deve garantir que os produtos transgênicos, sejam rotulados como tais para que o consumidor possa identificá-los. E os indivíduos também podem comprar alimentos nas feiras, com os produtores locais, assim, seria uma alternativa mais saudável e também ajudaria no desenvolvimento econômico da região.