A transgenia é um avanço científico que, se usado bem, pode trazer benefícios para a população, como a fabricação de mosquitos transgênicos que visava erradicar a dengue. Porém, quando se trata de produção agrícola, é questionável, pois, devido ao grande poder econômico que possui, não se sabe até que ponto pode-se confiar nas informações divulgadas ao seu respeito. Se por um lado, aumenta a produtividade e a nutrição dos alimentos, por outro seleciona pragas resistentes, alterando os ecossistemas, e proporciona o aumento do consumo de agrotóxicos. Nesse contexto, é possível perceber o embate entre economia, saúde pública e meio ambiente, em que a primeira se sobressai como prioritária. Um meio imposto pelo governo para informar à população que estão consumindo alimentos geneticamente modificados foi estampando nas embalagens de produtos industrializados um símbolo que, muitas vezes, passa despercebido pelo consumidor, devido à pouca visibilidade. Esse ato não é suficiente, visto que grande parte da população desconhece o significado desse símbolo e quais impactos que o meio de produção desse alimento gerou no meio ambiente e o que esse irá influenciar em sua saúde. O uso da engenharia genética na produção agrícola é importantíssimo no cenário econômico mundial, portanto, é necessário a ação do Ministério da Agricultura em promover a substituição gradual no uso da transgenia por meios alternativos, como o controle biológico, em que um predador de pragas é utilizado, desde que esse não provoque danos às lavouras. É preciso ainda a ação do terceiro setor em informar a população esclarecendo os prós e contras a fim de conscientizá-la. Desse modo, é possível reduzir os impactos provocados pela produção de transgênicos e levar conhecimento à população.